Já ouviu falar no Sincronismo Variável Desmodrômico (DVT)? Confira esta tecnologia e entenda todo o sistema de controle de válvulas criado pela Ducati.
Tecnologia inovadora criada e adotada pela Ducati, o sistema de comando de válvula desmodrômico, difere dos demais pois permite o recuo das válvulas sem o uso de mola.
Fonte: Fogo no Ferro
Após o sucesso deste comando a marca decidiu buscar mais performance, criando uma segunda versão do controle, o sistema de Sincronismo Variável Desmodrômico (DVT).
O sistema DVT é um upgrade da tecnologia antecessora e apareceu a primeira vez no motor Ducati TESTASTRETTA DVT que equipa a Ducati Multistrada 1200, que tinha como meta o aumento da potência em altas velocidades e o aumento do torque em baixas rotações.
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Este sistema adota um modelo de distribuição de válvula variável e visa otimizar o torque e potência em uma ampla faixa de RPM, conquistando seus 128 Nm de torque em 7.000 rpm e 152 Hp de potência à 9.000 rpm.
Diferente do sistema desmodrômico convencional, o Sincronismo Variável Desmodrômico garante o comando de válvulas mais apropriado de acordo com a rotação do motor, velocidade da moto, exigência de carga do motor entre outros parâmetros.
Seu funcionamento só é possível graças ao phaser, que corresponde ao conjunto de duas peças, a externa corresponde a roda dentada e a interna corresponde ao rotor que é atuado hidraulicamente.
Fonte: Ducati
Seu funcionamento se dá por meio do uso de fluido hidráulico e o atuador do sistema consiste em uma bomba.
O rotor gira apenas quando a bomba inicia a passagem de fluido de uma câmara para a outra.
Posição 1:
Pensado para ser usado especialmente em baixas rotações, esta posição permite o atraso na abertura das válvulas de admissão e antecipam o fechamento das válvulas de escape, evitando a abertura simultânea de ambas as válvulas.
Fonte: Ducati
Posição 2:
Esta não é bem uma posição definida, a final o sistema pode rotar livremente ao longo do seu curso.
Como possui infinitas posições, o sistema também possui configurações infinitas possíveis, porém a unidade de controle foi cuidadosamente mapeada para otimizar o motor e sua entrega de torque, redução do consumo de combustível e garantir sua regularidade de marcha, tudo isso, apenas controlando a posição do rotor presente no phaser.
Fonte: Ducati
Posição 3:
Nesta posição, o motor tende a ficar mais agressivo e o comando opera em configurações opostas as apresentadas na posição 1, ou seja, as válvulas de admissão tem sua abertura antecipada enquanto as válvulas de escape possuem seu fechamento atrasado.
Fonte: Ducati
Este sistema leva cerca de 0,45 segundos para conseguir girar 45° em relação ao eixo arvore (Virabrequim).
Como este motor possui uma configuração em L, ou seja os pistões encontram-se com um certo ângulo entre eles, são necessários o uso de dois cabeçotes e consequentemente dois comandos de válvulas como apresentado na imagem abaixo.
Fonte: Paultan
Ambos os phasers são alimentados com próprio óleo do motor, dessa forma estes encontram-se conectados com o sistema de lubrificação do motor através de duas válvulas solenoides fixas em ambos os cabeçotes do motor.
A pressão do óleo é determinada pela Engine Control Unit (ECU – Unidade de comando do motor) enviando sinais para as válvulas solenoides a fim de ajustar a posição correta do rotor, reconhecendo sua posição a partir de um sensor específico controlado dinamicamente.
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Para acontecer o controle da válvula solenoide a ECU leva em consideração alguns parâmetros como a temperatura do motor, posição do virabrequim, posição dos eixos de comando de válvula e a velocidade do motor, criando assim o sistema de Sincronismo Variável Desmodrômico.
Assista o vídeo abaixo e conheça o funcionamento deste motor assim como o funcionamento do sistema de Sincronismo Variável Desmodrômico.
Ducati Testastretta DVT Engine with Desmodromic Variable Timing do canal Ducati
https://www.youtube.com/watch?v=Xf9tT2TIJaI
Créditos da foto de capa do blog: Ducati
Créditos da Matéria: Ducati
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