Fiat Marea: um dossiê do carro mais injustiçado do Brasil

Fiat Marea (foto: divulgação Fiat)

O Canal da Peça sabendo da fama do Fiat Marea decidiu separar os melhores conteúdos e reuni-los aqui de uma melhor forma possível para você dividido em 5 tópicos que se deve saber sobre essa máquina.

1. História

2. Como é feito o sincronismo

3. Como funciona a injeção eletrônica

4. Curiosidades

5. Manual do Proprietário


1. História

A Origem

A história do Marea e seus derivados, iniciou bem antes de seu lançamento aqui no Brasil, na região da Europa.

No final de 1991, com o Tempra ainda recente na Europa e estreando no Brasil, a Fiat já começava a projetar o seu substituto.

Fiat Marea (foto: divulgação Fiat)
Fiat Marea (foto: divulgação Fiat)

Quando ganhou formas através de esboços livres, elaborados pelo desenhista Mauro Basso, para o sedã, e Antonio Piovano para a perua Weekend.

A Fiat estabeleceu uma concorrência entre seu próprio centro de estilo e os institutos italianos: I.DE.A (responsável pelo primeiro Palio, em 1996) e ItalDesign (estúdio de design do renomado Giorgetto Giugiaro).

O modelo final

Tais esboços já apontavam linhas mestras bem diferentes do que o contemporâneo Tempra, que apareceriam no modelo final, tais como:

  • A predominância de formas arredondadas;
  • Faróis de perfil baixo;
  • Tampa do porta-malas não tão alta quanto a do Tempra.

Enquanto isso, na perua: lanternas traseiras montadas nas colunas.

Recurso esse que acabara de aparecer na Volvo 850 SW e, na própria linha Fiat, seria usado pela primeira vez no Punto em 1993.

Fiat Brava HGT
Fiat Brava HGT (foto: divulgação Fiat)

 

A proposta da I.DE.A recorria a linhas mais retas e porta-malas elevado, com o que lembrava o Tempra.

A ItalDesign adotou desenho mais conservador, próximo ao feito pela Fiat. A escolha recaiu sobre a proposta do centro de estilo da casa.

Bravo e Marea

O Bravo, de três portas, e o Brava, de cinco, foram apresentados aos europeus no Salão de Frankfurt em outubro de 1995.

Os nomes, que em português indicam nervoso ou esportivo, em italiano são usados para aplaudir algo bem-feito, no masculino e no feminino. Curiosamente, no Japão o Bravo foi vendido com o nome Bravíssimo.

Fiat Bravo Trofeo
Fiat Bravo (foto: divulgação Fiat)

Da mesma forma que já acontecera entre os modelos: Ritmo/Regata e Tipo/Tempra; a Fiat desenvolveu o Marea, derivando do Bravo.

Características

Seguindo uma tendência já vista no Corsa de segunda geração, entre outros, os dois modelos tinham desenho bem distinto do meio para trás.

No Bravo o balanço traseiro era curto, a linha do teto seguia até a parte final da carroceria e o vidro posterior ficava mais à vertical.

Lanternas em forma ovalada contribuíam para o aspecto esportivo, acentuado pela caixa de rodas na base da coluna “C” que possuía volume acentuado, bem definidos na base das janelas laterais traseiras.

Enquanto isso, o Brava era mais longo na parte traseira, tinha o vidro inclinado e lanternas compostas por três filetes, de estética muito original.

Embora entre eixos de igual distância: 2,54 metros — herdada do Tipo, pois a plataforma era a mesma — o Bravo (três portas), tinha comprimento de 4,02 m e o Brava (cinco portas), de 4,19 m.

Fiat Bravo (foto: divulgação Fiat)
Fiat Bravo (foto: divulgação Fiat)

Características Importantes

A frente de ambos trazia faróis de duplo refletor e superfície complexa, em conjuntos baixos e alongados e grade mínima (a maior tomada de ar ficava no para-choque).

Dos arcos dos paralamas aos quadros das portas, tudo era arredondado nos novos hatches, um completo rompimento com o padrão retilíneo de seu antecessor, o Tipo.

Propostas para de design para o Fiat Marea e Weekend
Propostas para de design para o Fiat Marea e Weekend

Fonte: FBM – Família Brava Marea

Fiat Bravo
Fiat Bravo

Fonte: Fiat Brava

O coeficiente aerodinâmico era bom, 0,32 no Bravo e 0,33 no Brava.

Na parte interna, apesar do uso de mesmas peças em quase toda a cabine, havia diferenças, como o quadro de instrumentos para deixar o Bravo com um toque mais esportivo.

Motor e Performance

O Brava italiano contou com quatro motores a gasolina:

  • 1.25 litro, com potência de 82 cv e torque de 11,5 m.kgf;
  • 1.4 litro (uma antiga unidade, substituída em 1999 pelo 1,25), 79 cv e 11,4 m.kgf; de
  • 1,6 litro, 103 cv e 14,7 m.kgf;
  • 1.75 litro, 113 cv e 15,7 m.kgf.

A exceção do motor 1.4 é que utilizava quatro válvulas por cilindro.

As versões a diesel tinham turbocompressor e a mesma cilindrada, 1.9 l, mas com dois níveis de rendimento: um com 75 cv e 15 m.kgf, outro com 100 cv e 20,4 m.kgf.

Propostas do Fiat Marea
Propostas do Fiat Marea

Fonte: Fiat Brava

O Bravo

Para o Bravo havia a versão esportiva HGT, com um cinco cilindros em linha de 2.0 l, 20v , variador do comando de admissão, 147 cv e 19,2 m.kgf.

Os demais acabamentos eram S, SX, HSX, ELX e HLX.

Em 1996 ambos os modelos recebiam o título de Carro do Ano, atribuído por jornalistas europeus.

Leves alterações de estilo e um aumento de potência do HGT, para 155 cv, vinham em 1999.

O Marea

Fiat Marea e Marea Weekend (foto: divulgação Fiat)
Fiat Marea e Marea Weekend (foto: divulgação Fiat)

Os motores de 1.4, 1.6, 1.75 e 2.0 l a gasolina e 1.9 l a diesel eram os mesmos do Bravo, mas o Marea acrescentava o diesel de cinco cilindros, 2.4 l e 126 cv. Tratava-se do quatro cilindros 1.9 diesel com um cilindro a mais, sem relação com o 2.4 l a gasolina que o equiparia mais tarde o Marea no Brasil.

Veja Também:

Substituindo o Líquido de Arrefecimento do Fiat Marea

Guia Completo do Sistema de Injeção Eletrônica do Marea!

Houve também a versão Bi-Power do 1.6 16V, com preparação de fábrica para rodar com gás natural. A potência de 103 cv era mantida ao usar gasolina, mas caía para 92 cv com gás. Nesse caso, suspensão, freios e pneus eram diferentes em função do peso adicional na traseira.

Fiat Marea na cor Prata Bari (foto: divulgação Fiat)
Fiat Marea na cor Prata Bari (foto: divulgação Fiat)

Outros modelos de Marea

Uma derivação curiosa para os brasileiros, mas comum na Europa, era lançada em 1997.

A Marengo era a Marea Weekend convertida em furgão, com apenas dois lugares e amplo compartimento de carga. Os vidros e portas traseiras, porém eram mantidos e assim ela não se distinguia de uma perua comum na aparência. O motor 1.9l a diesel era o único disponível.

Embora o nome pareça uma variação de Marea, já fora empregado em modelos similares das linhas anteriores de carros médios da Fiat, Regata e Tempra.

Marea Weekend (foto: divulgação Fiat)
Marea Weekend (foto: divulgação Fiat)

Fim do Bravo e Brava

O Brava e o Bravo foram produzidos na Itália até 2001, ano de estreia de seu sucessor o Fiat Stilo, também com desenhos distintos entre as versões de três e cinco portas.

O nome Bravo reapareceria em 2007 no sucessor do Stilo, o novo Bravo, que também retomava o predomínio de linhas arredondadas daquela época.

Em 2002, a perua Stilo MultiWagon, substituiu a Marea Weekend na Italia, enquanto sedã, deixava a linha sem sucessor até a chegada do Linea.

O Marea continuou em produção até 2007 na Turquia, pela marca local Tofas e pela Fiat no Brasil.

Veja Também:

Disputa Histórica: Fiat Marea x Golf GTI x Astra GSI

Galeria de Fotos Fiat Marea

Bravo no Brasil

A estabilidade da economia em geral e da cotação do dólar em particular, em 1998, somada ao crescimento do mercado de automóveis naquela época, levou a Fiat a anunciar a importação do Bravo para o ano seguinte, de modo a suprir a lacuna que o Tipo havia aberto em 1997 ao sair de produção.

Em janeiro de 1999, porém veio a desvalorização do real e o dólar subiu quase 50% da noite para o dia, inviabilizando os planos. A Fiat optou pela nacionalização do Brava, o qual falaremos mais a frente.

Marea no Brasil

O Marea começou a ser visto em testes por aqui em 1996 e, em maio de 1998, era apresentado como o novo topo de linha da marca de Betim, MG. O Tempra foi mantido em produção só até o fim daquele ano.

As versões iniciais eram ELX e HLX, tanto para o sedã quanto para a Weekend.

Diferenciadas no acabamento e nos equipamentos de série, usavam o mesmo e único motor: o de cinco cilindros.

O primeiro dessa configuração em carro nacional e até hoje, não mais usado em sedãs e peruas 2.0 l, com variador no comando de admissão, que aqui fornecia 142 cv e 18,1 m.kgf, associado a câmbio manual de cinco marchas.

Marea Weekend e Sedan (foto: divulgação Fiat)

A potência específica de 71 cv/litro era das mais altas da produção brasileira na época, perdendo apenas para o Honda Civic 1.6 de 127 cv. Uma árvore de balanceamento anulava parte das vibrações e resultava em funcionamento suave.

A família Marea ganhava novos membros no fim de 1998: a versão de entrada SX e a mais esportiva Turbo, ambas aplicáveis tanto ao sedã quanto à perua.

Além de acabamento simplificado e menos recursos de série, a SX perdia o variador do comando de válvulas. O objetivo não era reduzir custos, mas que a potência fosse reduzida para 127 cv.

Isso o enquadrava em categoria de menor alíquota de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), na época relacionada à potência e não a cilindrada como hoje. O torque máximo caía pouco, de 18,1 para 17,9 m.kgf.

Marea Weekend SX (foto: divulgação Fiat)
Marea Weekend SX (foto: divulgação Fiat)

Segurança e Avanços Pontuais

O Marea trazia ao Brasil pré-tensionadores de cintos dianteiros de série, desde a versão básica, na linha 2000, com opção de bolsas infláveis frontais e ainda, air-bags laterais.

Outros avanços sobre o Tempra eram:

  • Faróis baixos do tipo elipsoidal
  • Comandos do rádio/toca-fitas no volante
  • Teto solar com comando elétrico (também pela fechadura da porta do motorista)
  • Lavador de faróis
  • Banco traseiro rebatível no sedã.

Por outro lado, alguns itens disponíveis no antecessor foram abolidos, casos de bancos dianteiros com ajuste elétrico, retrovisor interno fotocrômico.

O modelo fabricado em Betim era praticamente igual ao italiano na aparência. No Brasil, era adotado um para-choque dianteiro com tomada de ar maior, que equipava as versões a diesel que era necessário para melhor arrefecimento do motor no clima nacional.

Outras alterações adequavam a parte mecânica às condições locais de piso:

  • Monobloco reforçado nas colunas da suspensão dianteira e nas longarinas
  • Molas mais altas
  • Amortecedores com batente hidráulico
  • Pneus de série 60 em vez de 55.
Marea Weekend (foto: divulgação Fiat)
Marea Weekend (foto: divulgação Fiat)

Tropicalização

Ao contrário do Tempra, que na versão brasileira recebeu suspensões diferentes das italianas, o Marea manteve aqui o padrão europeu.

Usando a traseira independente por braço arrastado dotada de subchassi.

Ainda, foi adotado estepe de tamanho normal, em vez do temporário usado na Europa, e o câmbio teve a primeira marcha encurtada para saídas mais ágeis.

Na Weekend, detalhe interessante era o para-choque traseiro rebatível, uma forma de propiciar base de acesso plana ao amplo compartimento de bagagem (de 500 litros), o que permitia a quinta porta mais leve.

As primeiras reações ao novo Fiat foram positivas em termos de desempenho, conforto de rodagem e equipamentos, mas com algumas ressalvas.

O espaço interno, que antes destacava o Tempra entre os concorrentes, agora parecia modesto por causa da manutenção do entre eixos, da menor altura e do formato mais arredondado da cabine — o porta-malas também era 30% menor.

A suspensão traseira macia demais, sobretudo na Weekend, produzia incômodas oscilações.

O motor, embora suave e potente em alta rotação, deixava a desejar nos baixos regimes e tinha consumo elevado.

O que você não sabe sobre o Fiat Marea do Canal da Peça

Marea Turbo

Interessante mesmo era o Marea Turbo, que dava seguimento à tradição iniciada em 1994 com Uno e Tempra dotados de turbocompressor.

Motor Fivetech Fiat Marea
Motor Fivetech Fiat Marea

Fonte: Quatro Rodas

O motor de 2.0 l — exclusivo do Marea brasileiro e tomado emprestado do Fiat Coupé italiano — passava a 182 cv e 27 m.kgf.

O Coupé chegava a 220 cv, mas a Fiat parece ter considerado os 182 suficientes para supremacia em desempenho, sem precisar de alterações extremas no conjunto.

Potência e Velocidade

De fato, sua liderança de potência entre os carros nacionais só foi perdida por algum tempo para a edição especial Golf VR6 de 200 cv, em 2003.

Extensamente revisto, o propulsor usava válvulas de escapamento refrigeradas a sódio, resfriador de ar para admissão (intercooler) e radiador de óleo.

A suspensão estava mais firme e os pneus, embora de mesma medida 195/60-15, vinham com código de velocidade W (garantidos até 270 km/h) e rodas mais largas, 15×6.5.

Os freios também eram específicos.

Saídas de ar no capô estavam entre os poucos adereços externos da versão, enquanto o interior ganhava pedais esportivos.

Interior Fiat Marea
Interior Fiat Marea Turbo

Fonte: Quatro Rodas

O fundo claro nos instrumentos e volante revestido em couro perfurado.

Turbocompressor

O comportamento do motor turbo não era suave, gradual como na maioria dos modelos de hoje com tal recurso.

A ligeira falta de força ao sair devagar, em baixa rotação, seguia-se um surto de potência ao redor de 3.000 rpm devido o turbo-lag, com rápido aumento de velocidade dali em diante.

Claro que, se mais acelerado antes de o motorista liberar a embreagem, o carro podia produzir uma cortina de fumaça dos pneus.

Por outro lado, no uso rodoviário contava-se com grande reserva de potência em qualquer marcha e velocidade, mesmo com a menor rotação do motor produzida pelo câmbio mais longo.

E o “sopro” do turbo podia ser ouvido, sutil, conforme se aumentasse o peso do pé direito.

Veja também: Por que o Fiat Marea Explode do Canal da Peça

Outras versões

O motor de 127 cv do SX passava a vir também no ELX e, mais tarde, no HLX durante o ano-modelo 1999.

Na linha 2000 aparecia um propulsor menor e mais barato, sem perda de potência:

  • O quatro cilindros de 1,75 litro e 16 válvulas, também importado, com 127 cv e 16,7 m.kgf.

Os dados oficiais indicavam que o desempenho do antigo SX 2,0 fora mantido.

Motor Fiat Marea SX 1.8 16v (foto: divulgação Fiat)
Motor Fiat Marea Weekend SX 1.8 16v (foto: divulgação Fiat)

Apesar do uso de variadores do comando e do coletor de admissão, o motor entregava pouca força em baixa rotação e não lidava bem com o peso do carro.

O fato é que a Fiat havia optado por trazer o motor do esportivo italiano Barchetta, não a versão mais “mansa” de 113 cv que lá equipava Brava, Bravo e Marea.

A razão mais provável desse ato é a intenção de conservar a potência do SX anterior, mesmo que o propulsor fosse pouco adequado.

O Marea 2000 também trazia novos recursos, tais como:

  • Temporizador do controle elétrico dos vidros
  • Luz interna temporizada
  • Ajustes elétricos de altura
  • Apoio lombar do banco do motorista
Marea Weekend ELX 2.0 20v (foto: divulgação Fiat)
Marea Weekend ELX 2.0 20v (foto: divulgação Fiat)

Novo Motor

Em agosto de 2001, Marea sedã e Weekend ganhavam o motor do Lancia Kappa italiano.

O motor tinha cinco cilindros e 2,45 litros, com variadores no comando e no coletor, 160 cv e 21 m.kgf.

Havia agora força exuberante desde baixas rotações, 95% do torque máximo disponíveis já a 1.500 rpm, quase comparável à de um seis cilindros.

As reclamações de respostas lentas ao acelerar e retomar velocidade tornavam-se passado para as versões ELX e HLX.

O câmbio 13% mais longo, podia-se viajar em menor rotação sem necessidade de reduzir marchas com frequência.

Freios e suspensão eram revistos. O 2.0 de aspiração natural desaparecia, mas o SX 1,75 e o Turbo 2.0 não mudavam.

Brava nacional

Apesar do atraso de quatro anos em relação ao mercado europeu, o novo hatch ainda agradava pela modernidade de linhas.

As duas versões – SX e ELX – usavam o mesmo motor do Palio de 1.6 litro, 16 válvulas, 106 cv e 15,1 m.kgf.

Por algumas semanas foi vendido com 99 cv e 14,8 m.kgf.

Uma jogada para menor incidência de IPI, mas as regras do imposto logo mudaram e os valores originais foram retomados.

O mesmo ocorria com os Mareas ELX e HLX, de volta com 142 cv de janeiro de 2.000 em diante, enquanto o SX passava a 132 cv.

Embora o desempenho em alta rotação convencesse, também faltava ao Brava maior agilidade em baixa, que demoraria um pouco a vir.

Fiat Brava SX (foto: divulgação Fiat)
Fiat Brava SX (foto: divulgação Fiat)

O Brava HGT

A Fiat parecia mais ansiosa por ter uma versão esportiva.

Algo que unisse o motor 1,75 16v do Marea SX à carroceria menor e mais leve do Brava.

A combinação aparecia em abril de 2000 com o Brava HGT.

O modelo assumiu a sigla usada na Itália pelo Bravo 2.0 de 155 cv.

Apesar da diferença de potência de 23 cv entre o HGT deles e o nosso, o desempenho estava adequado à proposta e o pacote era interessante.

Ele tinha:

  • Rodas de 15″ e pneus 195/55;
  • Defletor na quinta porta;
  • Suspensão mais firme;
  • Revestimento interno no mesmo tecido do Marea Turbo.

Veja Também:

Grandes Brasileiros: Fiat Marea Turbo!

Ficha Técnica – Fiat Marea Turbo Turbo 2.0 20v

Fiat Brava HGT 1.8 16v (foto: divulgação Fiat)
Fiat Brava HGT 1.8 16v (foto: divulgação Fiat)

Novidades no Brava

Resolvida a falta de torque no Marea, era hora de trabalhar no Brava 1.6.

Em junho seguinte, já como linha 2002, ele recebia o motor 1.6 16v chamado de Corsa Lunga (curso longo, em italiano, em alusão ao curso dos pistões maior que no anterior).

O mesmo do utilitário da Dobló.

A potência continuava em 106 cv e o torque aumentava pouco, para 15,4 m.kgf.

Fiat Brava ELX 1.6 16V (foto: divulgação Fiat)
Fiat Brava ELX 1.6 16V (foto: divulgação Fiat)

A sua distribuição mais homogênea tornava o motor mais forte entre 1.500 e 3.000 rpm.

Outras novidades eram rodas de 15″ na versão ELX e opções de bancos de couro e teto solar na HGT, cujo motor era mantido.

Reestilização do Marea

Ao mesmo tempo o Marea passava por uma reestilização da traseira, tida como seu ângulo menos atraente.

Foram modificados:

  • As lanternas triangulares, cedidas pelo italiano Lancia Lybra
  • A tampa do porta-malas de linhas

Isso para buscar a sensação de um carro mais largo e imponente, com prejuízo para a harmonia do conjunto que destoavam da carroceria toda arredondada.

Fiat Marea Turbo, última reestilização (foto: divulgação Fiat)
Fiat Marea Turbo, última reestilização (foto: divulgação Fiat)

Havia novos itens de conveniência, mas o maior ganho em conforto ficava para outubro.

A opção de caixa automática de quatro marchas, a mesma usada pela GM no Vectra, restrita ao HLX. Pouco depois o ELX adotava o motor 1.75 l 16v.

Fim de carreira

A essa época, o lançamento do Stilo na Europa significava o fim do caminho para Bravo e Brava, enquanto a Marea Weekend logo daria lugar à Stilo Multiwagon.

O novo hatch médio da Fiat italiana chegava ao Brasil em setembro de 2002 e colocava o Brava em segundo plano.

Restava só a versão SX com alguns itens da antiga ELX. No começo do ano seguinte o hatch deixava de ser produzido.

Sobrevida

O mercado já não o comprava em grande volume, fosse pela rápida renovação de concorrentes como Civic e Corolla, fosse pela crise de imagem trazida por problemas mecânicos iniciais.

O desempenho dos motores turbo e de 2,45 litros era seu maior argumento, mas na faixa de preço dessas versões a competição era intensa.

Assim, a exemplo do que já ocorrera com vários modelos em idade avançada, a Fiat teve de olhar para baixo e concentrar esforços na redução de preço da versão de entrada.

Marea Weekend 1.6 16v, último motor a ser inserido na linha (foto: divulgação Fiat)
Marea Weekend 1.6 16v, último motor a ser inserido na linha (foto: divulgação Fiat)

Em junho de 2005 o SX adotava o motor que fora do Brava, o 1.6 l 16v Corsa Lunga de 106 cv.

Além da simplicidade técnica, sem recursos de variação, o propulsor vinha da Argentina e não da Itália, o que tornava a importação mais barata.

A boa potência em baixa rotação, associada ao câmbio 21% mais curto, trazia maior agilidade no tráfego urbano do que se poderia esperar com a perda de 26 cv em relação ao 1.75 l 16v.

Por outro lado, o motor apenas a gasolina parecia fora de contexto em tempos de versões flexíveis.

Toda a linha ganhava retoques estéticos, como grade e moldura dos faróis cromadas, e oferecia sistema viva-voz Bluetooth para telefone celular mas foi pouco para reacender o interesse do mercado.

No ano de 2007 as versões superiores eram abolidas, ficando apenas a SX 1.6 l para sedã e Weekend.

No fim do ano os últimos Mareas saíram de produção, perto de completar uma década no mercado.

Fonte: Fiat Brava oficial.

Fivetech e o icônico Fiat Marea do canal A.R.G PERFORMANCE

2. Como é feito o famoso sincronismo do motores :

O sincronismo destes motores sempre foi bem famoso devido a sua dificuldade e de como a mão de obra deveria ser qualificada para poder realiza-lo.

Um exemplo disso foi o próprio manual de procedimentos da marcar recomendar a retirada do motor do cofre para realiza-lo.

Confira o sincronismo de alguns dos motores que equipavam essa família de carros fabricados pela Fiat.

Dicas de ferramentas Fiat Marea 2.0 e 2.4 do canal HANSCAR

Sincronismo do Fivetech 2.0 20V aspro e turbo do canal Car Flight Games CFG

Sincronismo do motor 1.8 16V 4 cilindros do canal Car Flight Games CFG

Sincronismo do motor 1.6 16V 4 cilindros do canal Canal Do Possante

3. Como funciona a injeção eletrônica

Separamos um Guia do sistema de injeção eletrônica Motronic 2.10.4 que equipa o FiveTech.

Detalhando desde a função dos reles até o funcionamento da roda fônica no conjunto.

Dividimos o vídeo em alguns capítulos para facilitar a busca de informações:

1:16 Apresentação do nome e do fabricante oficial do sistema de injeção eletrônica

Escolhido pela Fiat para equipar o veículo, e sua aplicação específica para cada versão do Marea que o utiliza.

1:56 Explicação das características específicas do sistema de injeção

Mostrando suas diferenças e a tecnologia que o faz diferente dos demais sistemas convencionais presentes nos demais veículos.

3:00 Apresentação do funcionamento básico do sistema de 5 Cilindros do motor Fivetech

Uma breve explicação da função que o quinto cilindro traz ao desempenho do Marea.

3:36 Estruturação e explicação do papel do subsistema elétrico no conjunto da injeção eletrônica

Função dos relés, testes de como identificar possíveis avarias nesta peça e métodos de soluções de problemas que podem ser causados por elas.

13:23 Testes de verificação de funcionamento da central eletrônica

Identificação de problemas causados por mal funcionamento em caso de avarias nesta peça, como efetuar o diagnóstico de falhas, e seu método de solução.

18:11 Estruturação e explicação do papel do subsistema de admissão de ar no conjunto da injeção eletrônica

Função e explicação do funcionamento do filtro de ar, sensor de fluxo de ar (Debímetro), sensor de temperatura de ar, atuador de marcha lenta e do sensor de posição de borboleta, testes de como identificar e diagnosticar possíveis avarias nestas peças e métodos de soluções de problemas que podem serem causados por elas.

37:04 Estruturação e explicação do papel do sub-sistema de alimentação de combustível no conjunto da injeção eletrônica

Função e explicação do funcionamento da bomba de combustível, interruptor inercial, filtros de captação, filtro principal de combustível, regulador de pressão de combustível, injetor de combustível, sensor de fase e testes de como identificar e diagnosticar possíveis avarias nestas peças e métodos de soluções de problemas que podem ser causados por elas.

58:40 Estruturação e explicação do papel do subsistema de ignição no conjunto da injeção eletrônica

Função e explicação do funcionamento da roda fônica, sensor de rotação, bobina de ignição, sensor de detonação e testes de como identificar e diagnosticar possíveis avarias nestas peças e métodos de soluções de problemas que podem ser causados por elas.

1:11:22 Estruturação e explicação do papel do subsistema de emissões evaporativas no conjunto da injeção eletrônica

Função e explicação do funcionamento da sonda lambda, válvula de alívio do canister e testes de como identificar e diagnosticar possíveis avarias nestas peças e métodos de soluções de problemas que podem ser causados por elas.

1:20:00 Estruturação e explicação do papel dos itens e de outros componentes no conjunto da injeção eletrônica

Função e explicação do funcionamento do sensor de velocidade, sensor de temperatura do motor, variador de fase , Fiat Code e testes de como identificar e diagnosticar possíveis avarias nestas peças e métodos de soluções de problemas que podem ser causados por elas e como são os devidos cuidados a serem tomados.

Guia completo Injeção Eletrônica Bosch Motronic 2.10.4 do canal Wencell Alves

4. Curiosidades

Todo carro tem suas curiosidades, e a família do Fiat Marea não foge a regra, confira as 9 curiosidades sobre este veículo e porque o mesmo tem essa fama de “ser uma bomba” e outras mais como ter uma versão movida a Diesel que não chegou a rodar em solo brasileiro, dentro outros no vídeo abaixo:

9 Curiosidades sobre o Fiat Marea do canal Mafia Automotiva

5. Manual do Proprietário

Todo veículo tem suas especificações e o Marea não foge a regra, ainda mais com o seu motor que necessita periodicamente de revisões para verificar seus parâmetros para o seu bom funcionamento.

Pensando nisso e nos proprietários deste carro e que não possuem esse valioso manual, estamos disponibilizando através deste Hiperlink para você ficar atento!

Confira!

Conclusão

Podemos concluir no geral que a geração de Marea e Brava no Brasil foram severamente injustiçados e adquiriram a fama de carros “bomba”, devido ao período que foram lançados no mercado brasileiro, ainda aprendendo novas tecnologias.

A maioria dos mecânicos e das oficinas não possuíam o conhecimento correto e estrutura aptos para suportar um carro com a tecnologia que foi empregada neste modelo na época em que o mesmo foi lançado, sendo difícil interpretar de modo correto os seus problemas, e realizar a manutenção da forma recomendada.

Créditos foto de capa: divulgação Fiat

Créditos foto de capa Facebook: FuelTech

Crédito do texto: Clube do Marea

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