Disponíveis no mercado brasileiro desde 2003, os veículos que possuem flexibilidade de combustível são popularmente chamados de flex. Eles são equipados com sensores que permitem que o etanol e a gasolina sejam misturados e queimados na câmara de combustão de forma simultânea, independentemente da proporção dos componentes dessa mistura.
Mesmo após 11 anos de fabricação no Brasil, os tão populares motores flex são ainda alvos de dúvidas. Conheça mais sobre eles e seu impacto na sustentabilidade agora!
Como o motor flex funciona
O motor flex é basicamente produzido da mesma forma que os motores comuns, porém possui mais sensores, e um sistema de injeção e ignição que se adapta a cada tipo de combustível. Alguns motores sofreram alterações no cabeçote e pistões, de forma a possibilitar o aumento da taxa de compressão, tornando-os mais eficientes, principalmente durante a utilização do etanol.
Como é feita a identificação de combustíveis dentro do motor flex
Os combustíveis são identificados através de sensores de resistência. Quando há grande passagem de oxigênio, tal sensor reconhece o combustível como etanol e o tempo de injeção é maior, proporcionando um consumo em quantidade mais considerável, devido a maior capacidade de queima deste tipo de combustível.
Vantagens e desvantagens do motor flex
A falta de conhecimento sobre o motor flex gera uma série de especulações que deixam os motoristas inseguros. Desta forma, é incorreto afirmar que um motor flex só pode ser abastecido com um determinado combustível de cada vez ou que o motor terá sua vida útil reduzida em caso de ser utilizado somente o etanol.
As vantagens do motor flex são inúmeras, além de se poder chegar em um posto e abastecer conforme o que o seu bolso te permite, o motorista ainda tem a liberdade de escolher entre a gasolina, que, embora mais poluente, possibilita maior desempenho, ou o álcool, que, embora seja consumido mais rápido, é barato e permite maior agilidade do veículo.
O que são aditivos e por que utilizá-los no motor flex
Como precaução, o motorista pode fazer uso de aditivos, que são produtos químicos utilizados para limpar os bicos de injeção, elevar a eficiência da octanagem, reduzir o atrito das peças mecânicas ou até mesmo agir como antioxidantes e antifervuras. Ao utilizar um aditivo no motor, o produto ajuda na limpeza da sujeira que se forma durante a queima do combustível. Um aditivo muito conhecido como “booster” é usado para aumentar a potência do motor, através da elevação da octanagem e em consequência a capacidade detonante.
Economia e sustentabilidade do motor flex
Economicamente falando, nem sempre a utilização do etanol é mais viável. Para que a diferença a ser paga valha a pena, deve-se multiplicar o valor da gasolina por 0,7. Isso porque o etanol possui capacidade de queima cerca de 30% maior em comparação com a gasolina. E essa variação nem sempre é satisfatória, porque o valor do etanol varia de acordo com a região geográfica e do preço da cana-de-açúcar.
Porém, pensando na proteção ambiental, com a substituição total da gasolina pelo etanol produzido a partir da cana-de-açúcar, é possível reduzir em até 70% a produção de dióxido de carbono (CO2) — que, mesmo sendo vital para o reino vegetal, quando é produzido em alta quantidade, torna-se prejudicial ao planeta, propiciando o efeito estufa, e consequentemente o aquecimento global.
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