Bobinas: Entenda as diferenças entre um sistema de bobina comum em relação a de individuais!
A bobina de ignição é a responsável pela conversão da saída de 12 volts da bateria para alta voltagem (entre 5.000 e 40.000 volts dependendo do uso), necessária para a ignição. Essa alta-tensão é levada às velas através dos cabos de velas, gerando a centelha dentro dos cilindros.
Bobina comum
A bobina comum compartilha sua alta-tensão com o distribuidor que é responsável por repassar a corrente elétrica para cada cabo e vela, seguindo a ordem de ignição do motor para que seja dado início ao ciclo de combustão.
No sistema compartilhado de uma bobina, há perda de energia pois quanto mais elementos entre a bobina e as velas, maior será a diferença entre a tensão que sai da bobina e a que chega nas velas.
Esse sistema é utilizado tanto em carros carburados com módulo de ignição quanto em carros com injeção eletrônica que faz o gerenciamento sem a necessidade do módulo a parte.
Quais são os principais problemas na bobina de ignição?
Como a bobina de ignição faz parte do sistema responsável por gerar a faísca do motor que liga os veículos, quaisquer problemas se manifestarão rapidamente no desempenho do motor, como:
Luz de verificação do motor acesa: como a bobina de ignição defeituosa afeta diretamente o desempenho do motor, quaisquer problemas acionarão a luz do motor solicitando a verificação.
Baixa economia de combustível: com menos energia de centelha, o processo de combustão não será tão eficiente, resultando em uma diminuição perceptível na economia de combustível.
Estouros no escapamento: geralmente um sintoma inicial de falha na bobina de ignição. Isso ocorre quando qualquer combustível não utilizado na câmara de combustão é emitido pelo sistema de exaustão. Se não for verificado, esta falha pode resultar em danos significativos ao sistema de exaustão.
Parada repentina do veículo: uma bobina de ignição defeituosa fornece uma corrente elétrica irregular para as velas, resultando em uma parada repentina ou dificuldade ao dar a partida.
Falta de ignição do motor: uma vez que um ou mais cilindros do motor não estão fornecendo energia suficiente ao veículo, o motor apresentará falhas, principalmente durante a aceleração.
Fonte: Delphi
Confira abaixo a troca da bobina de um Chevrolet Corsa que usa o sistema gerenciado pela central eletrônica do carro.
Bobinas individuais
Comumente usado em carros com sistema de injeção eletrônica, cada bobina faz contato direto com as velas de ignição. As bobinas são menores pois são pensadas já com a tensão preestabelecida para cada vela.
Nas bobinas individuais, há o sistema de amplificação da tensão embutido e a perda de energia é muito menor do que o sistema comum com a centelha da bobina compartilhada.
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Confira no vídeo abaixo o teste da diferença de uma bobina individual paralela e uma bobina original
Comprovada a eficiência das bobinas individuais, muitos preparadores de motor tem usado como recurso a adaptação de bobinas individuais em carros que originalmente possuíam bobina e distribuidor separados.
Veja no vídeo abaixo a preparação do chicote para bobinas individuais para ser aplicado a um VW Gol
O sistema de bobinas individuais é comprovadamente mais eficiente para a queima do combustível na câmara de combustão. Porém o custo do sistema é mais elevado.
O valor de uma bobina individual chega a custar o mesmo valor de uma bobina compartilhada. Ou seja, em um carro com necessidade de manutenção nas bobinas individuais, o gasto pode ser até quatro vezes maior (ou muito mais, dependendo do modelo), no caso da troca de todas as bobinas, do que um carro com bobina compartilhada.
Fotos: Shutterstock
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