Muitas vezes a lista de itens de revisão pode assustar o proprietário, porém o uso no dia a dia esconde o desgaste natural das peças. Fique atento ao que precisa ser verificado na revisão de 40 mil quilômetros do Chevrolet Onix.
Com uma média de 13 mil quilômetros rodados por ano, os veículos com 3 anos de uso são uma ótima opção de compra, pois já passaram pelo maior período de desvalorização, mas é hora de começar as revisões mais profundas, que vão além de pastilhas de freio e óleo do motor.
Procedimentos são fundamentais para identificar problemas e itens a serem revisados em um veículo usado, portanto rodar com o veículo e ficar atento a ruídos e mal funcionamento é essencial.
Veja a seguir alguns itens que você terá de prestar atenção:
Cabos de vela: veículo falhando em acelerações ou oscilando é um dos sinais de problemas de cabos de vela com problemas. Alguns lotes de veículos saíram de fábrica com cabos de vela que podem despedaçar em suas pontas com os anos de uso.
- Dica: confira a resistência dos cabos com um multímetro. Tanto os usados quanto os novos que podem vir com defeito de fabricação. O valor deve ser entre 3.200 e 3500 oms por segundo dependendo do comprimento do cabo.
Velas: o estado das velas também revela muito sobre o motor. Verifique se as pontas das velas estão carbonizadas ou com sinal de zinabre. Nota, verifique sempre a medida dos eletrodos das velas. Mesmo com uma vela nova, é ideal que esse controle seja realizado.
- Dica: se há problemas com as velas, verifique a compressão dos cilindros. Diferença na compressão pode ocasionar desgaste irregular em velas, cabos e bobinas.
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Arrefecimento: com um densímetro, confira a quantidade de aditivo na água do radiador. Quando o densímetro considera pouco aditivo, é indicada a troca da água do radiador e a aplicação de aditivo. Confira no manual do proprietário o aditivo indicado e utilize água desmineralizada.
Filtro de ar: confira a marcação no para-brisa de troca de óleo do carro e veja se consta a última vez que foi trocado o filtro. Desmonte e verifique as condições do filtro, se não houver fuligem entre as dobras do filtro ele poderá ser reaproveitado.
Correia dentada: mesmo com 40 mil quilômetros, é aconselhável que seja verificada, apesar da indicação de troca apenas com 50 mil quilômetros, a correia pode apresentar trincas. Faça uma inspeção visual e confira a necessidade ou não da troca antecipada.
- Dica: aproveite que a capa está fora do local e confira se há marcas de vazamento de água pela bomba d’água ou marcas de vazamento de óleo. A correia de acessórios é elástica e aconselha-se a troca dela sempre que houver necessidade de retirá-la.
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Amortecedores: há fabricantes que indicam a troca preventiva a cada 40 mil quilômetros, porém o mecânico deve avaliar o estado de conservação, pois carros que não enfrentam piso irregular tendem a manter os amortecedores em ordem por mais tempo.
- Dica: verifique também os kits de amortecedores (coifas e batentes).
Molas: se houver pontos de ferrugem é indicada a substituição, porém fora isso é aconselhável apenas a verificação.
- Dica: com o carro no elevador, verifique possíveis vazamentos.
Pneus: balançando o pneu com o carro no alto, verifique se há deformação dos pneus
- Dica: marque os pneus para que seja feito o rodízio.
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Balanceamento: verifique com a máquina apropriada o balanceamento, se houver diferença, retire os contrapesos das rodas para que seja feito o correto balanceamento do zero.
- Dica: até 5 gramas de contrapeso é o valor que pode exceder para mais ou menos, porém dê preferência para zerar o balanceamento. Para verificar, apenas encaixe o chumbo na roda, não rebata. Quando realizar o primeiro giro, verifique se o lado externo está zerado, pois em uma roda de liga não há necessidade da remoção do chumbo colante caso o valor esteja em zero. Antes de colar o novo contrapeso, limpe a superfície. Por fim calibre os pneus.
Confira as bieletas e veja se há fissuras em sua coifa. Se necessário, substitua
Rolamentos: com as mãos no amortecedor, gire a roda e veja se há sensação de aspereza e vibração. Rolamentos com desgaste apresentam um zunido característico.
- Dica: rolamentos cônicos verifique a folga que pode apresentar por problemas na ponta de eixo. Essa verificação é feita sem a roda do veículo.
Homocinética: verifique o estado das coifas (guarda-pó) e realize a substituição em caso de fissuras.
Terminais de direção: da mesma forma, verifique as coifas.
Caixa de direção: verifique as coifas.
Bieletas: verifique as coifas.
Pivô de bandeja: verifique as coifas.
- Dica: o bom estado das coifas garante uma vida prolongada desses componentes, pois protegem as partes móveis de detritos que podem entrar em contato com as partes metálicas e esferas quando a graxa é contaminada.
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Alinhamento: realize o alinhamento no final da revisão após todos os outros processos (cambagem, caster, convergência e divergência).
Escapamento: desde a saída do escapamento até o silencioso, verifique corrosão ou vazamentos.
Eixo traseiro: verifique se há fissuras.
Verifique o estado geral de discos, pastilhas e fluido
Freios
Pastilhas: confira o desgaste com um calibre de medidas caso tenha dúvida sobre a substituição.
Discos: verifique com um micrômetro ou paquímetro a espessura do disco e confira se ele está dentro das especificações. Em casos como no Onix, o limite de espessura é 18 milímetros.
Sapata de freio traseiro: verifique se há desgaste. Cilindro de roda: verifique vazamentos no cilindro de roda e emperramentos. Quando as gaxetas gastam, o óleo pode contaminar o cilindro.
Tambor: verifique se há desgaste irregular na pista interna. Se a pista do tambor estiver espelhada, a eficiência diminui.
Flexíveis: verifique se há fissuras que podem comprometer a pressão do freio e provocar vazamentos.
Fluído de freio: o fluído orgânico acumula água. Com o equipamento apropriado, verifique as propriedades do fluído de freio. O aparelho dispara um sinal elétrico e por meio do sinal, é indicada a troca ou não. A contaminação de água no fluído de freio é comum, porém devido seu ponto de ebulição a 100ºc, pode criar bolhas no sistema e eventualmente provocar perda de frenagem.
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Outros itens
Palhetas de limpador: verifique o estado das palhetas, se houver irregularidades na lâmina ou se com o para-brisa limpo, ele o limpador deixa marcas irregulares, é hora de substituir.
- Dica: utilize o detergente correto no reservatório do limpador. Esse detergente ajuda a manter o sistema lubrificado.
Filtro de cabine: retire o filtro e verifique se possui fuligem. No Onix o filtro fica atrás do porta-luvas, é necessária a retirada da peça.
- Dica: cuidado com as presilhas de encaixe para não quebrá-las na hora de desmontar. Apoie a mão por trás do painel e proteja a peça para que não fique marcada. O filtro fica por trás de uma capa plástica no fundo do compartimento atrás do porta-luvas.
Higienização interna: realize a higienização do sistema de ventilação sem o filtro e só após essa limpeza, instale o filtro de cabine novo.
Confira a seguir a revisão completa de 40 mil quilômetros do Chevrolet Onix que foi feita na Fastcar com o Doutor Carro
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Crédito foto de capa: divulgação Chevrolet
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