Marketplace: a nova febre do comércio eletrônico

Sites que reúnem centenas de varejistas de diferentes segmentos estão invadindo a rede. Saiba como funciona o modelo de shoppings virtuais e quais são as vantagens para os vendedores e compradores

Quando a Amazon surgiu em 1994, seu fundador, o empreendedor americano Jeff Bezos, já vislumbrava o sucesso da loja virtual. Antes de escolher este nome, um dos mais cotados para batizar o negócio online, que se tornaria um divisor de águas no comércio eletrônico, era Relentless (implacável, em português).

Apesar de a ideia não ter ido para frente, a Amazon sempre fora implacável. Com preços de livros muito mais atrativos do que nos varejos tradicionais, não demorou muito para que ela dizimasse grande parte das livrarias físicas nos Estados Unidos.

O seu modelo de negócio – o chamado marketplace – começava, então, a chamar a atenção de empresários, varejistas e consumidores. Aos poucos, a ideia de criar um shopping online, agregando diferentes varejistas de um ou mais segmentos, se tornou uma onda mundial.

A principal função dessas plataformas digitais é viabilizar as vendas. O lucro é obtido através das taxas de comissão, que, de uma forma geral, variam entre 10% e 16%, por venda.

A gigante Amazon está investindo no setor de autopeças

Mas a Amazon, apesar de ter alçado à fama pela venda de livros, hoje é um shopping completo. Agora, uma das principais apostas da gigante americana é o setor de autopeças. A companhia tem criado estratégias para atrair compradores de sites especializados em peças automotivas.

Entre elas, entrega no mesmo dia para algumas cidades dos Estados Unidos e preços mais agressivos em relação aos seus concorrentes. A expectativa é aumentar em mais de 50% a receita do segmento de autopeças, que poderá alcançar os US$ 5 bilhões.

Hoje, o valor de mercado da Amazon é de US$ 458 bilhões, duas vezes maior do que o do Walmart, principal varejista do mundo. Essas cifras tornam a empresa de Bezos a quarta mais valiosa do planeta, perdendo apenas para a Apple, Alphabet (Google) e Microsoft.

Combinação perfeita

Mas, depois de conquistar consumidores do mundo inteiro com sua vitrine virtual, a Amazon quer ir além dos cliques: ela está investindo em lojas físicas. Em novembro passado, a companhia inaugurou sua primeira livraria, em Seattle, nos Estados Unidos.

A estratégia de associar o varejo online com o físico parece que está no caminho certo. De acordo com a consultoria americana A.T. Kearney, para 55% dos consumidores nos Estados Unidos, o ritual de compras passa pela integração de lojas físicas e virtuais.

Ou seja, tão importante quanto o empresário investir no varejo físico é apostar no comércio eletrônico. Dessa maneira, as vendas poderão ser concretizadas por meio de um desses canais.

Segundo o coordenador executivo de marketing do Insper, Silvio Laban, há muitas vantagens para quem se associa aos marketplaces. “O varejista tem um risco muito pequeno, pois o investimento é bem baixo. Ele ainda tem o benefício de contar com a expertise por trás da ferramenta contratada, deixando as questões técnicas com a equipe de suporte do marketplace”, diz.

Setor de autopeças mais unido

No Brasil, os varejistas têm deixado de lado os voos solos para apostarem nos shoppings virtuais. Afinal, o custo é menor e a visibilidade é maior em relação a um e-commerce convencional.

“Entraram em contato comigo para apresentar uma plataforma digital. Assim que compreendi a proposta do Canal da Peça, senti que poderia ser uma maneira fácil de ingressar no varejo online”, diz Jesuíno Lopes, da Vieira Autopeças. “Tenho acompanhamento frequente dos consultores e isso, para quem está começando, é muito importante”, afirma.

O Canal da Peça, um dos principais marketplaces do setor, reúne mais de 300 varejistas e, recentemente, atingiu a marca de 12 milhões de visitas e 7 milhões de usuários únicos desde que entrou no ar, em 2013.

Lojistas na rede

O crescente interesse dos varejistas pelas plataformas digitais foi representado no estudo Panorama dos Marketplaces no Brasil Edição Abril 2017. Criado pela Precifica em parceria com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), a pesquisa revelou que o número de varejistas ativos nos marketplaces cresceu 15,3%.

A busca por produtos na internet é uma das razões dessa crescente. De acordo com o relatório SpendingPulse publicado pela Mastercard, enquanto o volume de vendas totais no varejo caiu 1,6% em relação a março de 2016, as transações online cresceram 36,2% no mesmo período – a maior alta desde outubro de 2012.

“O leque de opções de produtos nesses sites é enorme, então é natural o cliente pesquisar na internet o que não encontra no varejo tradicional”, afirma Silvio Laban.

Marketplaces generalistas X segmentados

Nos shoppings virtuais há espaço para todos os tipos de produtos. Alguns, como a Amazon, vendem de tudo; outros, são especializados em um único segmento. Estes, muitas vezes, são mais vantajosos para o varejista, pois atingem diretamente seu público alvo.

Fernando Casarin, cliente do Canal da Peça

“Por ser uma plataforma segmentada, atraímos o público que realmente tem interesse em autopeças”, diz Fernando Casarin, gerente da loja Escap Online, sobre o Canal da Peça.

As redes sociais também são grandes aliadas nas vendas. Criar perfis em ambientes como Facebook e Instagram, por exemplo, ajudam a ter uma relação mais próxima com os consumidores. Além disso, eles podem ser usados como canais de divulgação de promoções e lançamentos.

“Divulgo os produtos através das redes sociais e e-mail marketing. Essas duas linhas de comunicação têm dado certo”, diz Renatto Moreira, afiliado do Canal da Peça.

Vantagens para consumidores e profissionais

Para os profissionais, que conseguem encontrar o que procuram em apenas um site, a economia de tempo é um dos atrativos dos marketplaces segmentados. “Acho muito importante existir uma ferramenta como o Canal da Peça. É excelente para o nosso campo de atuação”, afirma Everaldo Berbary, da Auto Gil.

Cliente do Canal da Peça, Wesley Reis destaca a facilidade. “Dificilmente, pesquiso peça em catálogos impressos. Hoje, prefiro receber os lançamentos por e-mail. Em questão de segundos, podemos encontrar um produto que está em falta em lojas da região”, diz. O modelo de shoppings virtuais já é, sem dúvida, implacável.

 

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