O componente é pauta constante em centros automotivos. Afinal, quais são os mitos sobre o sistema de conversão dos gases do veículo?
Desde 1997, o catalisador é item obrigatório nos veículos do Brasil, porém desde o início dos anos 90, já era utilizado em diversos modelos. Internamente, o catalisador possui substrato metálico ou cerâmico com elementos ativos (Paládio, Ródio e Platina) para realizarem a conversão de gases nocivos resultantes da combustão e os transformando em água, gás carbônico e nitrogênio.
Mesmo após décadas de história, alguns fatos não são claros para todos os condutores. Para explicar alguns destes mitos, Stephan Blumrich, vice-presidente da fabricante de catalisadores Umicore fala ao Canal da Peça.
Catalisadores são totalmente eficientes contra gases poluentes do motor?
Verdade. O catalisador promove a conversão de 98% dos gases poluentes (hidrocarbonetos, monóxido de carbono e óxido de nitrogênio) em substâncias inofensivas à saúde.
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Luz da injeção acesa indica problemas com catalisador?
Mito: a origem da indicação de problemas com o motor por meio da luz amarela de alerta indica muitas vezes problemas de alimentação (injeção e bicos), ignição (velas, cabos, bobinas), ou também ao sensor de oxigênio (sonda lambda). Para se ter o diagnóstico adequado, é necessário realizar o protocolo OBD, ou mesmo o diagnóstico a bordo para identificar o código de falha correto.
“Os veículos já são dimensionados para utilizarem o catalisador, que depende de outras peças para funcionar apropriadamente. Por isso, é essencial realizar a correta manutenção e uma revisão a cada 10 mil quilômetros ou conforme descrito no manual do fabricante. O uso de combustível adulterado e óleos lubrificantes inadequados ou de má procedência são outros fatores que podem comprometer sua eficiência e durabilidade”, explica Stephan Blumrich, vice-presidente e diretor da Umicore.

Remover o catalisador aumenta a performance do veículo?
Mito: A retirada desregula o sistema de injeção eletrônica e a contrapressão do sistema de escapamento, poderá haver perda de rendimento e aumento do consumo de combustível.
Sem a inspeção obrigatória, não é necessário verificar o catalisador?
Mito: Dada a importância do catalisador, deve-se realizar a inspeção e manutenção regular. A peça pode apresentar falhas em virtude da baixa qualidade do combustível, além de ser um sinal de problemas de ignição, por isso a inspeção do catalisador por meio da leitura dos gases é essencial.
“O catalisador é projetado para ter uma vida útil de, no mínimo, 80 mil quilômetros, e os motoristas devem tomar algumas atitudes para não comprometer a durabilidade quanto o funcionamento do componente. Novamente, é importante reforçar a atenção à qualidade do combustível, a necessidade de revisões periódicas e de inspeção veicular anual. É bom para o bolso do motorista e o meio ambiente agradece”, finaliza o executivo da Umicore.
Confira o vídeo do pessoal da Infra Cursos sobre a composição do catalisador
Crédito da foto de capa: PixFuel
Informações: Umicore
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