Ninguém em sã consciência automobilística duvida de que os pneus são primordiais para um bom desempenho do automóvel. Prova disso são as trocas estrategicamente calculadas das equipes durante os GPs de F1. Para o bom motorista, entretanto, a função deste item é muito mais nobre: a de garantir, acima de tudo, a segurança dos passageiros que estão dentro do veículo.
Por isso, recomenda-se verificar sempre se os pneus ainda estão estáveis e confiáveis. Ainda assim, mesmo que você tome todas as medidas para sua correta manutenção (como verificar a calibragem a cada 15 dias, por exemplo), é inevitável que eles se desgastem com o tempo. E saber o momento certo para substituí-los pode evitar que você perca o controle do carro enquanto estiver dirigindo ou que o pneu fure em uma ocasião bastante inconveniente (como, por exemplo, durante uma longa e desgastante viagem).
Se você tem o costume de levar periodicamente o carro para ser examinado e testado por um mecânico, ele provavelmente também faz a avaliação dos pneus e deve indicar para você o momento correto para trocá-los. Mas há sinais que você mesmo pode detectar e descobrir que estes componentes já estão com a vida útil chegando ao fim.
Então, como saber se está na hora de trocar os pneus de seu carro?
Baixa profundidade dos sulcos na banda de rodagem
A banda de rodagem é a parte mais externa dos pneus e que fica em contato com o solo, ou seja, é onde ficam os desenhos da peça (linhas, ranhuras e sulcos). Enquanto esta parte estiver acima do limite de segurança de 1,6 mm de profundidade, os pneus ainda são considerados aptos para o uso. Mas se os sulcos de seus pneus estiverem abaixo deste marco, eles já serão considerados “carecas” e precisam ser trocados.
Há duas maneiras simples para o motorista verificar o desgaste dos pneus em relação à profundidade. Os fabricantes ajudam, colocando indicadores na banda de rodagem: os Tread Wear Indicators (TWI), que são pequenos ressaltos quadrados de borracha, na exata altura de 1,6 mm, inseridos nos sulcos dos pneus. Quando o desgaste dos pneus alcança esta marca, significa que está na hora de substituí-lo. Outro jeito de testar, muito popular e acessível, é inserindo-se uma moeda de R$ 1,00 entre os sulcos dos pneus: se a borda dourada da moeda permanecer coberta, os pneus ainda estão bons para uso; caso contrário, deve-se substituir por novos.
Deformações na parte lateral dos pneus
A parte lateral dos pneus, também chamada de flanco, pode apresentar diversos tipos de deformações, como rachaduras, lombadas ou bolhas. Mesmo que a profundidade dos sulcos na banda de rodagem ainda esteja em bom nível, a presença de rachaduras e talhos nas paredes externas dos pneus causa risco de acidentes, porque talvez indiquem vazamento de ar, ou pior, que os pneus estejam a ponto de estourar.
Os mesmos problemas podem ser ocasionados por algum ponto fraco nos flancos dos pneus, que aparecem por causa do uso indevido do veículo, má conservação ou mesmo por defeito de fabricação. Esses pontos fracos têm como resultado o aparecimento de bolhas ou saliências (“barrigas”), que devem ser rapidamente avaliadas por um borracheiro, para que sejam evitados acidentes. Também, se os pneus estiverem inclinados ou torcidos, devem ser imediatamente trocados.
Ruídos ou vibrações fora do normal ao dirigir
Alguns barulhos e trepidações são naturais ao se dirigir, mas a prática e a experiência com o veículo podem indicar ruídos e vibrações fora do normal. Isso pode ser um sinal de que os pneus não estão alinhados corretamente ou que os amortecedores já estejam desgastados. Pode indicar, ainda, a existência de algum problema estrutural com os pneus. Se você estiver passando por esta situação, leve seu automóvel, o mais rapidamente possível, para uma avaliação com seu mecânico de confiança.
Você está com seus pneus em dia? Se não tem certeza, vá agora mesmo dar uma olhada e conte para a gente como estavam, nos comentários!
Crédito da foto de capa: Shutterstock
