Participação feminina no mercado automotivo projeta futuro de igualdade

Em um mercado com crescente participação das mulheres, a equidade é um estímulo para que ocupem cada vez mais posições no setor tradicionalmente masculino

Ocupando posições de liderança no universo empresarial, as mulheres estão conquistando novos espaços, sobretudo no mercado automotivo. Historicamente dominado por homens, a mudança de cenário é influenciada pela maior profissionalização feminina em toda a esfera empresarial.

Estudos e números comprovam os benefícios de investir em diversidade de gênero nas empresas: uma pesquisa da OECD de 2018 mostrou que as economias em que as mulheres estão mais presentes no mercado de trabalho apresentam maior potencial de crescimento. Por outro lado, o mesmo estudo estima que desigualdade de gênero pode diminuir em até 15% o PIB de um país.

No Brasil, o mercado empresarial muda sua perspectiva e enxerga nas mulheres novos potenciais. Em 2021, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou a segunda edição da pesquisa “Indicadores sociais das mulheres no Brasil”. O estudo aponta que, atualmente, 37,4% dos cargos de diretoria ou gerência no país são ocupados por mulheres.

Mas ainda há muito o que avançar. Segundo ranking divulgado pelo Fórum Econômico Mundial em 2021, há uma perspectiva de que levarão cerca de 135 anos para que o Brasil alcance a igualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho. Empresas que investem em processos seletivos focados em avaliar critérios técnicos e aspectos psicológicos dos candidatos, independentemente do sexo, estão conectadas com agenda de sustentabilidade e equidade de gênero.


Desafios adicionais

Empresas de setores tradicionalmente liderados pelo gênero masculino, como indústrias de peças e lubrificantes automotivos e industriais, de energia e do tabaco, também estão atentas e buscando ampliar a participação feminina em cargos estratégicos.

Luciene Marjorie Rossi, Head Jurídico e RH do Grupo Universal Automotive Systems, relata ter encontrado desafios adicionais ao buscar espaço em um mercado com pouca representatividade feminina: “Ser líder é desafiador. Ser líder em uma empresa do setor tradicionalmente masculino é um desafio em dobro, porém, a partir do momento que sua voz ganha ‘peso’ na organização, os desafios são igualitários independente do setor ser tradicionalmente masculino”, afirma.


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O Grupo Universal Automotive Systems atua no setor de aftermarket automotivo. A empresa conta com 27 mil produtos no mercado, além de exportar para mais de 20 países. Hoje, tem em seu quadro mais de 800 colaboradores no país.

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Para Danielle Ferrari Silva, supervisora de produção na PETRONAS Lubrificantes Brasil, um dos maiores desafios do setor como um todo é sobrepor a visão preconceituosa do público masculino. A engenheira relata que “há um desmerecimento do valor feminino, como se mulheres não tivessem capacidade de realizar determinadas funções tão bem quanto os homens”.

Ainda assim, Danielle reforça que tem percebido avanços, especialmente no que diz respeito à maior participação das mulheres em posições de liderança no segmento. Na empresa em que atua hoje, por exemplo, o público feminino tem alcançado cada vez mais destaque. “Há alguns anos temos visto surgirem políticas consistentes que encorajam as mulheres a buscarem as esferas mais altas da corporação”, alega. A PETRONAS Lubrificantes Brasil é responsável pela fabricação e comercialização de lubrificantes automotivos e industriais nacionalmente e também na América Latina.

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Construção de carreira

A presença de mulheres na indústria automotiva é crescente e, cada vez mais jovens, elas estão ocupando cargos importantes de liderança. Na indústria voltada à produção de baterias não é diferente e a Clarios, produtora da marca Heliar, incentiva a diversidade e a inclusão. Priscila Camargo é um exemplo. Chegou à companhia em 2010 como estagiária e, hoje, aos 31 anos, é supervisora de produção, liderando uma equipe de 34 pessoas.

Priscila Camargo – Supervisora de Produção na Clarios

Formada em Engenharia Elétrica, com MBA em Gestão Industrial, foi efetivada como analista de melhoria contínua, no departamento de Continuous Improvement, depois passou à engenheira de melhoria contínua e permaneceu nessa função até janeiro de 2021 quando foi promovida à supervisora de produção da área da formação. Tornou-se também a primeira mulher a assumir um cargo de supervisão de produção na planta de baterias automotivas da Clarios, que só contava com mulheres supervisoras de produção em outras plantas.

“O mais importante não é ser a primeira a conseguir algo, mas me deixa feliz saber que outras estão vindo. Fico muito contente quando encontro alguém no refeitório ou no vestiário que fala comigo e diz que é grata por eu a ter inspirado e por uma mulher estar aqui antes dela, desconstruindo a ideia de que bateria é coisa de homem. É muito bom poder inspirar novas mulheres”, declara Priscila.

Realização profissional é forte motivador

Existe um sentimento de mudança social, que motiva ainda mais as mulheres a ocuparem espaços que há alguns anos eram apenas ocupados apenas por homens. “É muito satisfatório quando entendemos que somos um degrau na evolução da mulher no mercado. Penso na minha filha e nas futuras gerações, sei que teremos um contexto mais igualitário quando elas chegarem ao mercado de trabalho”, afirma Danielle Ferrari Silva, que se sente orgulhosa em fazer parte desta transformação.


Sugestões para um ambiente mais inclusivo

A equidade de gênero no ambiente corporativo é parte de uma política social que preconiza o respeito às diferenças. É uma mudança cultural que ultrapassa as paredes de uma empresa e encontra sua base na sociedade. “Entendo que não existe uma fórmula pronta de como tornar um ambiente profissional mais inclusivo. Depende da realidade e do momento vivenciado na companhia. Porém, não existe ambiente profissional inclusivo onde não se vivencia a inclusão. No primeiro momento as empresas devem entender conceitualmente o que é inclusão e implantar programas e políticas corporativas que mudem a cultura interna da empresa e, consequentemente, dos seus colaboradores”, afirma Luciene.

Texto: Race Comunicação e Página 1 Comunicação / Foto de capa: reprodução Grupo Universal

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