Para a real transformação, é necessário, sobretudo, digitalizar toda sua cadeia de valor. Companhias que resumiram a inovação em apenas loja virtual, hoje correm o risco de fechar as portas físicas
Colocar no ar um e-commerce está longe de ser a ação mais tecnológica que você pode fazer pelo seu negócio. A verdadeira transformação digital envolve ferramentas e planos mais estruturados, que abrangem todas as áreas de uma empresa, desde sua comunicação até suas transações.
Acima de tudo, é necessário mudar o mindset da companhia, de forma que todos pensem ‘digitalmente’. Esse é o ingrediente-chave que fará a sua marca se destacar no mercado.
E isso, independe do segmento. Até restaurantes fast food podem se beneficiar com a transformação digital. A Domino’s que o diga. A americana cresceu graças à tecnologia e, hoje, é a maior rede de pizzas do mundo, com 13 mil lojas em 83 países.
Praticamente, todo elemento de execução por trás da operação da Domino’s tem o componente digital: investimentos, organograma, contratações, projetos, branding, comunicação, entre outros.
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Essas iniciativas fizeram com que suas ações valorizassem, em menos de uma década, mais de 3.000%, superando grandes players do mercado, como a Amazon e a Apple.
Se a única atitude digital da Domino’s fosse permitir pedidos online, ignorando outras ferramentas e não expandindo sua transformação, certamente ela não teria crescido tanto, não é?
Mais investimentos no País
Por aqui, felizmente, empresários também têm usado a tecnologia para promover boas experiências aos seus clientes, elevar a produtividade, reduzir custos e, é claro, crescer.
Um levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) revelou que 7% do PIB nacional está ligado à investimentos em TI e comunicações.
Até 2021, as aplicações na área digital deverão atingir R$ 250 bilhões, incluindo soluções para digitalizar negócios, Internet das Coisas (IoT), Big Data, entre outras ferramentas.
Para Roberto Alonso, professor de marketing da Fundação Instituto de Administração (FIA), estratégias que envolvem tecnologia são essenciais para a evolução.
“A transformação digital é um processo no qual as empresas passam a utilizar a tecnologia para melhoria de performance em suas atividades. A partir daí, há um despenho superior em diversos aspectos, como alcance, compreensão dos públicos, entendimento e atendimento”, afirma. “Acompanhar as mudanças é fundamental para o sucesso”.
Quem acompanhou, hoje colhe os frutos. Caso da Magazine Luiza. A companhia, famosa pela venda de eletrodomésticos, mudou totalmente sua forma de atuação e operação, tornando-se muito mais tecnológica. E poderosa.
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Há poucos meses, a empresa alcançou o patamar de R$ 30 bilhões em valor de mercado. Atualmente, ela é a varejista mais valiosa do País.
A alta não foi impulsionada apenas pelo seu e-commerce. A companhia levou ao pé da letra o conceito transformação digital e mudou o mindset de todas as áreas, adotando ferramentas essenciais que servem como uma espécie de bússola para suas próximas ações.
A jornada completa é fundamental
Empresas que não deram atenção à tecnologia ou investiram apenas em um canal, como o e-commerce isolado, hoje tentam correr atrás do prejuízo.
A Máquina de Vendas, que detém a Ricardo Eletro, não olhou da mesma forma para a digitalização como sua concorrente Magazine Luiza.
Coincidência ou não, em 2018 a companhia acumulou R$ 3 bilhões em dívidas, que, agora, devem ser reestruturadas pela Starboard, empresa brasileira de private equity que comprou uma fatia de 72,5% do negócio.
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O varejo de livros também não vai nada bem por aqui. A saída da francesa Fnac do País foi só um aviso do que vinha pela frente.
Pouco depois, as livrarias Saraiva e Cultura anunciaram recuperação judicial, reafirmando que, em tempos modernos, só sobrevive quem não tem medo de inovar.
Com livros mais digitais e o avanço da americana Amazon no País, a crise poderia ser ainda pior se elas não tivessem e-commerce. O problema foi o investimento apenas em um canal, deixando de lado outras iniciativas.
A Saraiva sofre, ainda, com seu segundo maior mercado, de filmes e música, que também foi atingido pelo digital. Gigantes como a Netflix e o Spotify ajudaram a somar mais dívidas, alcançando, em 2018, R$ 674 milhões.
+ Disrupção digital: não há como fugir
Segundo Alonso, o segredo, para todos os segmentos, é não se acomodar. “O maio erro é acreditar que tudo deve ser como no passado, adotar uma postura muito tradicional ou convencional”, diz.
“O mercado requer mais velocidade das organizações. Ignorar as tendências, as tecnologias disruptivas e os novos modelos de negócios pode ser fatal para companhias de todos os portes”, afirma.
E a sua empresa, vai continuar no passado? O CWS ajuda a sua marca olhar para frente.