O sistema de arrefecimento do motor é responsável por manter a temperatura de trabalho constante, garantindo o pleno funcionamento do motor na faixa de temperatura ideal, garantindo o rendimento e evitando possíveis danos que possam ocorrer devido a alta temperatura.
Para que o sistema funcione, é necessário o uso de fluído de arrefecimento, normalmente composto de água desmineralizada e aditivo.
Infelizmente o uso de água filtrada ou mesmo da torneira é comumente empregado para este fim, porém muitos não sabem o motivo desta prática não estar certa.
Porque não utilizar água filtrada ou da torneira no sistema de arrefecimento do motor?
A água filtrada ou da torneira, é composta por moléculas de H2O (molécula de água) e sais minerais, dentre eles temos o cloro e flúor.
Fonte: Blog da Agda Oliver
Estes sais podem acumular em certas regiões, acelerando o processo de oxidação e desgaste de algumas partes metálicas e mangueiras.
O cloro presente na água pode reagir em contato com o alumínio presente nas peças do motor, formando o cloreto de alumínio e oxidando o material.
Fonte: Canal da Peça
A água tem seu o ponto de fusão (transição do estado sólido para o líquido) e ebulição (transição do estado líquido para gasoso) próximos a 0°C e 100°C, respectivamente.
Estas duas temperaturas já justificam a não utilização de água, filtrada ou da torneira, nos sistemas de refrigeração.
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Isso porque em alguns países a temperatura pode chegar a valores negativos (abaixo de 0°C) e nestas temperaturas a água se solidifica inviabilizando a troca térmica do sistema.
Os motores mais modernos trabalham com temperaturas entre 85° e 100° para obter maior eficiência.
Temperaturas próximas a 100°C provocam a ebulição da água, formando vapor e bolhas de ar nas galerias do motor e na linha por onde o fluído de arrefecimento circula.
Fonte: Mãos ao Auto
A presença dessas bolhas e vapor provoca a queda do rendimento, prejudicando o funcionamento da bomba d’água, e a temperatura de trabalho do motor sobe, levando ao superaquecimento do mesmo, muitas vezes empenando bloco ou cabeçote.
A água correta a ser utilizada é a água desmineralizada, porém com o auxílio de aditivos.
Porque o uso de aditivos se já possuímos água desmineralizada?
Os aditivos possuem 4 funções principais, sendo elas:
- Diminuir a temperatura de fusão da mistura;
- Elevar a temperatura de ebulição da mistura;
- Conservar os componentes mecânicos;
- Melhora da troca térmica do sistema.
Confira o vídeo do Daniel Manutenção Automotiva o que a falta de aditivo pode provocar no cabeçote do seu motor
Este primeiro item é destinado a países onde a temperatura do ambiente pode alcançar valores negativos e o aditivo garante que a mistura estará no estado líquido quando o sistema for requisitado. Os aditivos são responsáveis por aumentar a resistência do fluído ao congelamento, sendo que a fusão se dá a -30°C.
Fonte: Canal da Peça
O segundo item é destinado ao pleno funcionamento do sistema de arrefecimento quando a temperatura de trabalho do motor está próxima a 100°C. O aditivo eleva o ponto de ebulição para cerca de 160°C.
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O terceiro item é destinado à manutenção do sistema. Comumente os aditivos possuem antioxidantes para conservar as peças metálicas e garantir a lubrificação de mangueiras de borracha, presentes no sistema, aumentando a vida útil das peças.
O quarto item é referente a eficiência do sistema, o aditivo melhora a troca térmica, auxiliando a refrigeração do motor.
Qual a quantidade de aditivo devo usar?
A quantidade de aditivo deve ser em torno de 30 a 60% da quantidade de água desmineralizada usada na mistura.
Esses valores dependem do motor e do tipo de aditivo empregado na mistura.
Você pode consultar os valores de mistura nos rótulos dos aditivos, então o conselho é sempre ler e seguir as instruções dos rótulos e do manual do proprietário do veículo.
Tire suas dúvidas sobre líquido de arrefecimento com esse vídeo especial do Canal da Peça
Créditos da foto de capa: PXHere
Créditos da matéria: Passe Carros, Flatout, Mundo Educação
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