“A partir de maio, a situação melhorou e estamos nos ajustando de acordo com a demanda”, afirmou a ANFAVEA.
Após meses registrando consecutivos resultados negativos durante a pandemia de Coronavírus, o setor automotivo mostra reação.
Os financiamentos de veículos dão indicativos de melhoria e a oferta de crédito tem contribuído para esse cenário. Para expandir esse debate, a Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi) realizou um evento que debateu “Financiamento de Veículos: A hora e a vez da retomada”.
Luana Bichuetti, Vice-Presidente de Auto da Creditas, entende que o momento é peculiar. “Estamos falando de uma crise econômica, que é derivada de uma questão de saúde pública. Ela traz uma necessidade maior de financiamento para a compra de veículos, mas também existe o medo que compõe esse cenário.
A retomada é clara, mas precisa estar alinhada com nossos parceiros – a transação terá valor maior com a compreensão da necessidade dos clientes”, ponderou Luana. “Sempre vai existir aquele consumidor que quer ir na loja, mas agora temos também aquele que se acostumou a comprar pela internet. Então é preciso preparar os lojistas para este novo mercado digital. Ele [mercado] está em expansão e é preciso entender a experiência digital, além da necessidade individual.

Para Luiz Carlos Moraes, Presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), o País passou por um momento difícil. “A indústria estimava mais de 3 milhões de veículos, próximo de 10% de crescimento, que estavam sendo trabalhados para venda. Tivemos fechamento de concessionárias e DETRANS e isso trouxe um impacto relevante.
Retomamos a produção agora, com mudança do modelo, adaptando as rotinas aos protocolos sanitários. A partir de maio, a situação melhorou e estamos nos ajustando de acordo com a evolução da demanda, tanto em quantidade como o tipo de modelo (qual perfil, carro de preferência etc.). A indústria está preparada para atender”, afirmou.
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Alexandre Gil, Head Comercial da Safra Financeira, mencionou que todos precisaram se reinventar no campo dos relacionamentos. “Todo mundo parou em um primeiro momento, mas depois todos reagiram muito rápido. A gente encontrou caminhos, até por meio da tecnologia, para estar perto do consumidor e ultrapassar essas dificuldades. O setor reagiu e, em julho, tivemos indicadores parecidos com os do ano passado. Estamos otimistas”, ressaltou.

Vamos ter uma nova projeção em outubro, mas avaliamos uma questão positiva: temos uma Selic baixa, uma maior propensão ao crédito e, também por isto, o mercado está fluindo melhor. No começo da pandemia, 70% das vendas estavam em plataformas digitais – hoje temos uma reversão desse quadro: começa pela internet, mas o test-drive e a negociação estão acontecendo nas concessionárias. O mercado está retomando e estamos com viés otimista”, projetou Andreta.
Confira a seguir a coletiva integral da ANFAVEA sobre o desempenho da Indústria Automobilística Brasileira
Rodnei Bernardino de Souza, Diretor de Negócios Veículos do Itaú Unibanco, diz que há espaço para crescer. “Ainda vamos sentir alguns impactos econômicos a médio prazo, há risco de aumento de desemprego e inadimplência, mas todos aprenderam a trabalhar no Brasil em cenário de crise. Temos queda da taxa de juros e inflação baixa, o que vai nos ajudar nesse processo.
Souza destacou que há uma migração do transporte público para propriedade, mas isso é uma questão de cenário, de médio prazo. “Ainda há espaço para aquisição no País, até porque a relação é 1 carro para 4 pessoas. O que vamos fazer é estar próximos do cliente, das suas necessidades, do ecossistema de mobilidade e gerando soluções”, considerou.
Texto: Anfavea / Fotos: Creative Commons
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