Você conhece o motor sem pistões e bielas?

O motor Wankel é um motor de combustão interna que utiliza rotores com formato semelhante ao de um triângulo em vez dos pistões

Para melhor compreensão do sistema do motor Wankel, tão diferente ao que estamos acostumados a ver, a equipe do Canal da Peça separou esse vídeo do canal Mecânica Automotiva Fácil e complementou com mais algumas informações no texto abaixo sobre o motor Wankel. Confira!

Como funciona o motor rotativo Wankel do canal Mafia Automotiva

O famoso motor rotativo Wankel foi criado pelo alemão Felix Wankel, que nem se quer tinha cursado uma faculdade.

Fonte: Biela Auto Peças

O motor Wankel é muito conhecido por apresentar alta potência, e ter uma enorme facilidade em extrair mais potência mesmo com um motor de baixa litragem.

Fonte: Hackaday

Esse motor dispensa o uso cilindros, usando apenas uma câmara e um rotor para obter o mesmo resultado de quatro tempos (admissão, compressão, explosão e exaustão).

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Como Funciona? Afinal?

Dentro da câmara existe um rotor que tem o formado parecido com o de um triângulo.

Esse rotor tem a mesma função que a de um pistão em um motor convencional, assim como o eixo principal tem as mesmas funções de um virabrequim.

Os ciclos de Admissão, Compressão, Combustão e Escape ocorrem dessa maneira:

Fonte: Biela Auto Peças

O Ar é admitido na câmara
O Ar é Comprimido na parede da Câmara
Recebe a centelha da Vela, e entra em processo de Combustão
Os Gases são empurrados para fora da câmara

Pode-se dizer então, que o rotor é o coração do Motor Wankel.

Pontos Negativos

Consumo:

O motor não é tão eficiente em termos de consumo, há grande perda de energia na transformação de combustível em energia mecânica pela queima incompleta de hidrocarbonetos.

Nesse quesito, acaba sendo inferior ao um motor convencional. Isso ocorre devido a seu o espaço no seu interior da câmara. Também não é ecologicamente correto pelo mesmo motivo, a mistura rica.

Torque:

Há pouco torque em baixas rotações devido o modo que ocorre a expansão dos gases dentro da câmara de combustão.

Em um motor convencional os gases se expandem em um sentido único sem dispersão empurrando o pistão linearmente.

Já no Wankel esse processo não ocorre de forma linear, o rotor é empurrado pelos gases de forma dispersa, causando assim o baixo torque.

Porém, quando o mesmo atinge rotações mais altas este ponto negativo é anulado.

Manutenção:

“Tolerância zero” para métodos de manutenção que não sejam os específicos do fabricante.

As vedações das paredes da sua câmara de combustão e também das pontas do rotor deverão estar sempre em perfeitas condições.

Há uma grande dificuldade de manter a vedação ideal das pontas do rotor por conta da dilatação do motor.

Pontos Positivos

O menor número de peças do que um motor comum facilita sua produção, também impactando no custo.

Tamanho:

O seu tamanho é bem menor comparado a um motor convencional e bem mais leve, melhorando assim o equilíbrio de massas do veículo sobre os eixos.

Suavidade:

O motor é mais suave que o convencional, pois não ocorrem oscilações de movimento sequenciais dos pistões.

No motor convencional, ele depende da relação R/L favorável do curso das bielas e diâmetro dos pistões para que o motor funcione suavemente.

O Wankel não utiliza bielas, é como se os pistões estivessem conectados diretamente ao virabrequim trabalhando sem muitas variações no seu movimento rotativo caracterizando assim, sua suavidade.

Potência:

Grande aproveitamento de potência do motor com baixa cilindrada, um exemplo disto é o primeiro carro da Mazda equipado com o motor rotativo, o Cosmo que entregava 110 cv, com apenas 982 cm³.

Motor Wankel

Fonte: KBB

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Modelos que Utilizaram o motor Wankel

A Mazda fez história com esse motor nos Rx-7, RX-3, Cosmo, e o último da linha, o modelo Rx-8.

A Mercedes chegou a produzir os famosos protótipos C-111-I e C-111-II utilizando o motor rotativo.

Os únicos da marca a portar esse tipo de motor, estes eram equipados com o Wankel, acabaram não vingando por muito tempo, porém entregavam números surpreendentes, como a versão a C-111-II, que chegava a 350cv e de realizava 0 à 100 km/h em 4.8 segundos.