- Rafael Micheski
- abril 20, 2021
- 11:08 am
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Em um momento de crise de abastecimento, o sistema RFID (Radio Frequency Identification) permite identificação praticamente instantânea e rastreamento ao longo de toda a cadeia de reposição de peças aumentando 18% da produtividade da ZF em distribuição.
Ao implementar essa tecnologia, a ZF Aftermarket inova o rastreamento e controle de cargas em seu centro de distribuição localizado em Itu, SP. O Sistema Radio Frequency Identification, ou sistema de identificação por radiofrequência, pode identificar e rastrear os produtos ao longo de toda a cadeia de reposição de peças de forma quase instantânea.
Associando com a adoção de outros processos de automação e digitalização, a empresa registrou um aumento de 18% de produtividade nas operações do centro de distribuição e a perspectiva é de aumentar esse percentual gradativamente. A ZF Aftermarket América do Sul é a primeira dentre as operações da empresa no mundo a trabalhar com esse modelo logístico avançado.
De acordo com Everton Silva, gerente sênior de operações da ZF Aftermarket América do Sul, a implantação dessas tecnologias representa mais um grande passo nos planos de digitalização do Centro de Distribuição e Logística de Itu, que centraliza as operações de reposição das marcas Lemförder, SACHS, TRW e ZF.
São 40 linhas de produtos, desde enormes reversores marítimos até peças muito pequenas e simples, como frascos de fluidos para freio, que são entregues em mais de 750 pontos na América do Sul, diariamente. “Estamos falamos de um volume de 150 a 200 toneladas de peças por dia – 15 a 20 caminhões entrando e saindo do centro de distribuição, completando uma movimentação mensal de cinco milhões de produtos”, calcula.
“Para suportar essa operação e tornar o Centro de Distribuição da ZF Aftermarket o estado da arte em logística, temos um planejamento de digitalização de longo prazo em andamento, que requer estudos, testes e investimentos”, diz o executivo As inversões são da ordem de 15 milhões de reais, com planejamento de 1/3 do valor sendo em 2019 e 2021 e o restante com previsão de aplicação nos próximos quatro anos.
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Com as inversões de curto prazo e a utilização das soluções digitais e de automação em andamento, a ZF Aftermarket avalia que será possível retirar definitivamente de cena o uso do papel em suas operações logísticas. A previsão é de que o Centro de Distribuição da ZF Aftermarket em Itu se torne paperless ainda em 2021.
De acordo com o executivo, a operação com o RFID foi iniciada na ZF Aftermarket no final de 2020 e hoje já está registrando o recebimento de toda linha de embreagens que ocorre no centro logístico de Itu, provenientes da operação da ZF na cidade de Araraquara.
A previsão é que no segundo semestre deste ano outras linhas de produtos já estejam operando dessa forma e que até o final de 2022 passe a ser implementado também na rede de distribuidores da empresa. “Para isso, a ZF já está em fase de testes-piloto, de forma a compartilhar seu know-how e suportar totalmente os clientes em suas próprias jornadas digitais”, afirma.
A eliminação da etapa de conferência de mercadorias, necessária cada vez que um produto sai ou entra em um centro de distribuição, assim como ao chegar em distribuidores é uma das grandes vantagens. Com o RFID, este processo passa a ser realizado de forma praticamente instantânea.
“Uma vez que a tecnologia também seja adotada nos distribuidores, a rapidez na identificação das peças pode se refletir também na sua organização interna e no maior controle sobre o seu estoque. Além disso, não será preciso que o caminhão de entrega fique muitas horas parado para fazer a contagem dos produtos antes da sua armazenagem, o que se reflete até mesmo no trânsito dentro de suas instalações”, prevê.
O executivo ainda reitera os ganhos na cadeia, “os próprios transportadores e operadores logísticos em si poderão se aproveitar da soma deste tempo em que ficariam parados durante a conferência para realizar novos serviços”.
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Em linhas gerais, com o RPA e método VMI sendo apoiados pelo RFID é possível que a partir da análise e do acompanhamento de indicadores, fornecedor e distribuidor estipulem juntos o nível de estoque mais indicado. “Essas previsões têm como base as referências da cadeia de suprimentos, como histórico de vendas, vendas atuais, tendências e até sazonalidades, como por exemplo feriados e outras variantes possíveis como a que vivemos na atualidade por conta da pandemia”, comenta.
O executivo explica que hoje existe uma imensa variedade de marcas e modelos de produtos nas prateleiras dos distribuidores, cada qual com suas características e particularidades de armazenamento, o que torna essa gestão de variáveis bastante complexa dentro do mercado de reposição.
“A proposta da ZF Aftermarket é de facilitar as operações e trazer uma nova solução aos seus clientes. Com o planejamento sendo realizado pela ZF, benefícios como a otimização de tempo e de recursos refletiriam diretamente no aumento das vendas dos distribuidores. Além disso, outros benefícios desse conjunto de soluções são justamente a entrega de previsibilidade, eliminação de falhas ou excessos cometidos no momento na reposição de estoque e correção de possíveis gargalos que podem gerar prejuízos aos estabelecimentos, extinguindo erros provenientes do gerenciamento de estoques manual”, finaliza.
Foto de capa: divulgação
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