Tire todas as suas dúvidas sobre óleo lubrificante

Tire todas as suas dúvidas sobre óleo lubrificante

Entenda como o óleo lubrificante limpa, refrigera e previne a corrosão das peças

A principal função do óleo lubrificante é de diminuir o atrito entre todas as partes móveis de um motor. Além disso, o lubrificante de possui outras funções importantes para o funcionamento dos veículos.

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A imagem abaixo é uma representação do que a falta de manutenção do lubrificante pode provocar em uma peça. Confira:

Importância da lubrificação dos motores
Diferença entre o motor lubrificado X motor lubrificado de forma incorreta

Fonte: Wikimedia

Escolher o lubrificante ideal para seu veículo não é tão difícil, mas para acertar na escolha e na compra é necessário saber antes quais são as outras funções dos óleos lubrificantes.

O óleo lubrificante é o responsável pela “limpeza” do motor, ele absorve os fragmentos resultantes do processo de combustão interna do motor.

Além disso, o óleo refrigera o motor por meio da transferência de calor e previne a corrosão das peças, evitando a entrada resíduos prejudiciais para o funcionamento.

Agora que você já sabe o impacto que esse óleo pode fazer no funcionamento do motor, veja qual lubrificante é o mais apropriado e como você deve usá-lo.

Classificação dos óleos lubrificantes

Apesar da vasta quantidade de óleos lubrificantes no mercado, todos eles obedecem a uma norma estabelecida pela Sociedade dos Engenheiros Automotivos (SAE).

O principal critério verificado pela SAE é em relação a viscosidade do óleo, sendo uma importante propriedade dos fluidos, responsável pela resistência ao escoamento.

Quanto maior viscosidade, maior será a dificuldade dele escoar, esta propriedade varia proporcionalmente à sua temperatura, quanto mais quente menor é a viscosidade.

Cada montadora define o grau de viscosidade do óleo que será usado naquele motor. Ao longo dos anos, as folgas entre peças foram mudando sendo que nos motores modernos é utilizado óleos com viscosidade menor. A Sociedade dos Engenheiros Automotivos (SAE – Society of Automotive Engineering) os classifica a viscosidade de duas maneiras:

  • VERÃO (ou Summer do inglês): Sua viscosidade é medida para elevadas temperaturas (SAE 20, SAE 30, SAE 40, SAE 50 e SAE 60).
  • INVERNO (do inglês Winter) – Sua viscosidade é medida para baixas temperaturas (SAE 0W, SAE 5W, SAE 10W, SAE 15W, SAE 20W e SAE 25W).

Os lubrificantes multiviscosos possuem as duas características. Como existem diferentes tipos de óleos lubrificantes, deve-se prestar muita atenção aos números na embalagem, pois são baseados na viscosidade do óleo a 100°C como no exemplo a seguir:

  • 0W até 25W – Escala de baixa temperatura
  • 25W até 60W – Escala de alta temperatura
Viscosidade dos óleos lubrificantes
Viscosidade dos óleos lubrificantes

Fonte: Egu motors

Tipos

Além da viscosidade, o tipo de óleo que será utilizado também é muito importante, portanto deve-se ficar atento ao realizar a escolha.

A Agencia Nacional do Petróleo (ANP) define os tipos de óleo presentes no mercado da seguinte maneira:

  • Óleos minerais: podem ser de base parafínica, naftênica ou mista.
  • Óleos sintéticos: podem ser classificados em hidrocarbonetos, polioléster, diéster, silicone, poliésteres perfluorados, fluor e fluorclorocarbonos.
  • Semissintéticos: o óleo semissintético utiliza base mineral com aditivos sintéticos, elevando sua classificação API.

Em relação ao óleo semissintético não é recomendado que seja feita uma mistura entre os óleos minerais e sintéticos, principalmente de fabricantes diferentes, evitando que as propriedades do óleo sejam alteradas e garantir a saúde do motor, evitando borra de óleo e outros problemas que podem acarretar a mistura entre óleos.

Por dentro das siglas

Uma série de normas para a classificação de lubrificantes foram criadas por entidades internacionais baseadas em testes específicos.

Principais normatizadorasPrincipais normatizadoras

Fonte: Canal Da Peça

Na prática

Agora que você já aprendeu o que é viscosidade e os tipos de óleo lubrificante, qual é o ideal para o motor do seu veículo?

A primeira coisa que se deve saber é o tipo e óleo indicado pela montadora para o seu carro no manual do proprietário.

Se você não possui o manual do proprietário, a Shell desenvolveu o portal “Qual o Óleo do Meu Carro ?”, onde você pode consultar qual o óleo ideal para o seu veículo. Mesmo que seu carro já possua muitos anos de estrada, a fabricante acompanhou as especificações de cada modelo, indicando o óleo atualizado ideal para o veículo.

O uso de óleo inadequado pode trazer muitos problemas e reduzir drasticamente a vida útil dos componentes do motor. Se for usado, por exemplo, um óleo menos viscoso do que o recomendado pela montadora, haverá problemas com a formação do filme de óleo entre as paredes dos cilindros e pistões, que impede o atrito entre as peças.

Caso seja usado um óleo mais viscoso que o recomendado, mais energia será demandada da bomba de óleo, diminuindo sua vida útil além de possíveis problemas na partida a frio do motor.

Classificação dos Diversos Tipos de Óleo SAE
Classificação dos Diversos Tipos de Óleo SAE

Fonte: IPS

Além disso pode resultar em maior consumo de combustível e desgaste dos componentes que ficaram desprotegidos após o motor desligado, quando o óleo volta ao cárter.

No manual do proprietário, é mencionada a viscosidade SAE e o tipo de serviço, na qual pode vir em uma dessas duas classificações: S ou C.

S: É da palavra spark, que significa faísca em inglês. Corresponde então ao tipo de lubrificante que se usa em motores a álcool ou gasolina.

C: É da palavra Compression, que significa compressão em inglês. É usado então aos motores diesel.

Talvez você já tenha ouvido falar dos aditivos, que podem melhorar o desempenho do lubrificante, principalmente quando há mais demanda do motor. Os aditivos mais comuns são os anticorrosivos, antiespumantes e detergentes.

Como é feita a lubrificação das paredes dos cilindros
Como é feita a lubrificação das paredes dos cilindros

Fonte: Fazer facil

Mineral ou sintético?

A dúvida mais habitual entre os usuários são sobre qual óleo tem a maior durabilidade e qual tipo é mais eficiente para ser usado. Confira:

O óleo mineral atende especificações dos fabricantes mas é importante garantir via indicação do manual. Na classificação SAE, os aditivos dos óleos foram evoluindo, sendo classificados pela segunda letra (SJ, SL, SM, etc), os óleos minerais costumam ter classificação até o SL, ou seja, é o ponto máximo de evolução em termos de aditivos. Por esse motivo, a recomendação das trocas de óleo mineral é com quilometragem menor que dos óleos sintéticos e semissintéticos.

Os óleos sintéticos e semissintéticos possuem classificação de aditivação melhor que os minerais – SM, SN e a mais nova SP – portanto, tem periodicidade maior de trocas do que o óleo mineral pois oferecem maior proteção contra depósito de resíduos (borra). Recomenda-se que os óleos sintéticos sejam associados a um bom combustível para garantir a preservação de suas propriedades e aditivos.

API SP

A classificação “S” da sigla API (que significa American Petroleum Institute, responsável pela especificação) indica que a categoria de aplicação é voltada para carros movidos à gasolina, etanol e GNV. A letra “P” representa o mais recente nível de desenvolvimento do lubrificante no momento, ou seja, os óleos API SP são os que têm a formulação mais moderna.

Já a sigla ILSAC representa o Comitê Internacional de Padronização e Aprovação de Lubrificantes (em inglês, International Lubricants Standardization and Approval Committee), formado por fabricantes dos Estados Unidos e do Japão. A certificação estabelece níveis mínimos de desempenho para os óleos lubrificantes, considerando pontos como economia de combustível, volatilidade e oxidação. Atualmente, a classificação mais avançada é o selo GF-6.

A especificação mais nova da norma API no Brasil está presente nos seguintes produtos: Shell Helix Ultra 5W-30 API SP GF-6A, Shell Helix Protect 5W-30 e Shell Helix Power 0W-20. Estes lubrificantes possuem a tecnologia PurePlus, compostos com óleo-base obtido a partir de gás natural, o que mantém o nível de pureza em cerca de 99,5%.

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Se uma gasolina de uma qualidade duvidosa for usada, ela poderá gerar substâncias que tiram a efetividade do óleo.

Porém a principal recomendação por quem entende do assunto é que o consumidor siga as orientações do manual do proprietário.

Diversidade dos Óleos Lubrificantes
Diversidade dos Óleos Lubrificantes

Fonte: Mecânica Agrícola Imigrantes

Mudança do tipo de óleo

Não tem nenhum problema em mudar a marca do lubrificante, mas é importante que o tipo do lubrificante seja mantido.

Entre semissintético e o mineral, a eficiência não possui muita variação, porém o semissintético é um pouco mais caro por possuir aditivos modernos mais eficientes.

Quando trocar?

A média de duração dos óleos minerais é 3 mil quilômetros. Os óleos semissintéticos, 5 mil quilômetros. Os óleos sintéticos, 10 mil quilômetros.

É importante lembrar que alguns carros importados precisam de atenção às trocas. Muitos manuais não foram tropicalizados e recomendam trocas mais espaçadas com 15 até 20 mil quilômetros. O clima quente e o trânsito no Brasil não nos permite uma periodicidade tão alta, sendo esse o motivo de muitos carros novos acabarem com problemas graves de borra e sedimentos no motor. Recomenda-se fazer as trocas entre três e dez mil quilômetros, ou mesmo a cada 6 meses, o que acontecer primeiro.

Verifique o nível
Verifique o nível (foto: Shutterstock)

Como verificar o nível do óleo?

Para saber o nível do óleo lubrificante, verifique no manual do seu veículo qual o local da vareta medidora.

Passo a passo:

  1. Retire a vareta de óleo;
  2. Faça a limpeza do instrumento com um pano;
  3. Coloque-o novamente no local de onde saiu, retire e leia o nível;
  4. O nível deve estar entre as marcas de máximo e mínimo indicadas.

Faça a medição em um local plano e após o veículo ficar desligado alguns minutos. O nível do óleo na marcação máxima (nem acima, nem abaixo) vai assegurar que a bomba de óleo trabalhe nas suas condições ideais de sucção e circulação do fluido, que é levado para a parte superior do motor (cilindros, cabeçote e outras partes que necessitam de óleo circulando).

Vareta de nível do óleo
Vareta de nível do óleo

Fonte: Nomolito nimbus

Caso o veículo apresente ruídos fora do comum é possível que o óleo utilizado durante a troca de óleo esteja fora das especificações definidas pelo fabricante.

Alguns motores com quilometragem alta, costumam consumir óleo, que acaba passando para a câmara de combustão devido a folgas nos anéis e retentores de válvulas. Recomenda-se que o óleo seja completado, com o mesmo lubrificante usado na última troca. Lembre-se que esse procedimento não elimina a exigência da troca completa do óleo na data e quilometragem definida, o óleo novo que é usado para completar o nível, se mistura com o óleo velho e dilui suas propriedades e aditivos.

Faça a checagem do nível do óleo ao menos uma vez por mês quando o motor ainda está frio.

Aprenda a verificar o nível de água e do óleo do motor do carro do canal worldnewsbrasil

Veja como funciona a lubrificação do motor do canal Motor1 Brasil !

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Créditos foto de capa: Tim Mossholder / Unsplash

Crédito do texto: Salão do Carro , HD Lubbrificantes, e Lubrifrança

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