O que acontece quando passamos com veículo em um buraco?

Confira nesta matéria o que acontece com os componentes do veículo quando o mesmo passa por um buraco na rua. Entenda o que isso pode ocasionar!

Todos sabem que as ruas do Brasil possuem muitos buracos, e por isso, todo o veículo importado ele recebe o processo de tropicalização que não só interfere em sua configuração de injeção eletrônica mas, sobretudo em sua suspensão.

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Quando o veículo é projetado, os engenheiros consideram o tráfego por estradas e ruas mal pavimentadas, a situação está prevista em seus cálculos, ou seja, pode ficar tranquilo quando passar em certos lugares muito esburacados, porém não abuse, procure desviar o máximo possível.

Fenômeno físico

Ao passar em um buraco, primeiramente a roda desce, realizando o contorno da superfície para posteriormente subir.

Durante a descida os componentes mecânicos não sofrem esforços, pois apenas a gravidade e o arrasto agem sobre eles, as vezes até uma força normal aparece, mas apenas quando o pneu fica em contato constante com o solo.

Por se tratar de um veículo em movimento e tudo acontecer em questão de centésimos de segundo, a aceleração do sistema tem uma alta intensidade.

Como definido pela segunda lei de Newton:

F = m * a

F – Força [N]

m – Massa [kg]

a – Aceleração [m/s²]

Desta forma, quanto maior a aceleração, maior a força que atua nos componentes do veículo.

Pneus

Um dos componentes que mais sofre quando o veículo passa em um buraco é justamente ele – o pneu.

Esse é o primeiro componente a receber o impacto e, em conjunto com o a suspensão, o principal por amortecer o impacto, transmitindo a força para o resto dos componentes do veículo.

Teste de fratura em roda falsificada realizada pela Mercedez-Benz do canal Drive.com.au

Os pneus radiais possuem em sua estrutura alguns componentes metálicos, como cintas de aço, feixes de arame e outros componentes poliméricos como a cinta de poliamida, telas de corpo, entre outros.

Fonte: CTB

O impacto age diretamente na estrutura do pneu, podendo afetar as partes metálicas e poliméricas.

Os componentes são projetados para trabalharem em sua deformação elástica, porém quando ocorre a deformação plástica do material metálico, surgem as famosas bolhas no pneu e quando isso ocorre recomenda-se a troca do mesmo.

Roda

A roda não sofre muito com os buracos, desde que o pneu não se deforme suficientemente para que a roda entre em contato com o piso, ou se deforme plasticamente.

Quando a roda sofre deformação em sua superfície, deve-se tomar cuidado e verificar se esta deformação não está em contato com o pneu sobretudo nas bordas da roda, estragando a almofada anti-abrasão, que posteriormente danifica o feixe do talão, ocasionando assim, a perda do pneu.

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Quando isso ocorre, procure o seu mecânico de confiança e peça para que ele trabalhe o local deformado, suavizando a superfície de contato entre roda e pneu.

Verifique sempre o estado de conservação de coxins e batentes. Eles são essenciais para o bom funcionamento da suspensão

Suspensão

Assim como o pneu, a suspensão é um dos principais componentes para absorver o impacto. A suspensão tem como objetivo filtrar as imperfeições do piso, e transmitir o mínimo de força para o resto dos componentes.

Durante o impacto é comum, às vezes, escutar uma pancada seca. Isso significa que a suspensão atingiu o fim de curso. Sendo amortecedores, molas e coxins trabalhando em seu estádo máximo de compressão.

O fim de curso é determinado por um coxim que limita o trabalho da bandeja.

Fique tranquilo que todo o sistema é projetado para receber esse tipo de impacto, porém se após o impacto, se detectar um barulho diferente no sistema, procure seu mecânico para que ele possa diagnosticar e determinar as correções a serem feitas.

Dirigindo sobre buracos do canal Percepção distorcida

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