5 Razões que Tornaram o Monza um Ícone da Década de 80!

GM Monza

Veja como a Chevrolet transformou conseguiu ter duas vertentes: esportividade e tradição em um único carro

1° Motivo: escala mundial

No ano de 1980 a Chevrolet implantou a ideia de lançamento do seu projeto em escala mundial. Surgia assim o Opel Ascona na Europa e logo em 1982 ele ficaria conhecido no Brasil como Chevrolet Monza.

O mesmo foi apresentado em seu lançamento com a carroceria hatchback e motor na posição transversal de 1.6 litros, rendendo cerca de 75 cavalos de potência, que supria bem o que prometia.

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No ano de 1983, era lançado um novo tipo de motorização 1.8 e uma nova versão de carroceria, oferecido como sedã de duas ou quatro portas que se tornou o carro líder de vendas por três anos consecutivos.

Já estabelecido no mercado, a Chevrolet viu que já estava na hora de lançar um esportivo para competir com o Passat TS e o Gol GT.

Surgia em 1985, o modelo hatch na versão esportiva S/R que contava com:

  • Faróis de neblina

  • Aerofólio traseiro

  • Pintura preta na parte inferior do carro

  • Frisos e logotipos vermelhos

  • Câmbio com relações mais curtas

  • Novo acerto do motor 1.8 com 105 cv

Primeiro modelo esportivo, depois da era do Chevette E Opala SS, foi o Monza S/R. Veja um pouco mais desta preciosidade apresentado no vídeo do canal Renato Bellote

O Monza S/R 1.8 S retomou a esportividade dos modelos Chevrolet que não eram vistos desde 1981 com o Chevette S/R.

O Monza que foi apresentado em 1985 era equipado com bancos Recaro, além de um câmbio esportivo com relação mais curta.

Para acelerar este ícone, a Chevrolet optou por usar carburador de corpo duplo. A versão SR, assim como as outras versões com carroceria hatch, deixaram de ser fabricadas em 1988.

Confira neste vídeo o Monza S/R 2.0 S do canal Renato Bellote

2° Motivo:  escolhido pelo consumidor

E em 1986, a linha Monza ganhava um motor 2.0, e a GM encerrou a produção do hatchback e preferiu investir somente no modelo sedã, que foi o carro mais vendido pela Chevrolet durante três anos consecutivos.

3° Motivo: o pioneiro da linha GM com injeção eletrônica

O primeiro carro da Chevrolet com injeção eletrônica foi uma série especial do Monza, em homenagem a Emerson Fittipaldi quando ganhou as 500 Milhas de Indianapolis, nos EUA. A série, denominada Monza EF, se referia a Emerson Fittipaldi, mas muitos associam a sigla a injeção eletrônica, porém a fabricante só usaria a sigla E.F.I. (Eletronic Fuel Injection), tempos depois.

4° Motivo: o pioneiro no mercado a ter um rádio toca fita removível

O interior trazia revestimento em couro, vidros mais escuros, e o primeiro rádio/toca-fitas removível do mercado original de fábrica.

Monza 500EF do canal Renato Bellote

Externamente, faixas decorativas e um discreto aerofólio traseiro o diferenciavam do Monza com carburador.

Durou apenas um ano, pois em 1991, era apresentado o Monza reestilizado, com injeção eletrônica.

5° Motivo: o pioneiro no mercado a ter chaveiro magnético

Para acionar o dispositivo, era preciso encostar o controle no vidro do carro, próximo à coluna A.

Com a reestilização do modelo, o Monza ficou conhecido como “Tubarão”, por sua frente alongada, larga e arredondada, com faróis de longo alcance acoplados ao bloco óptico.

A traseira perdia vincos, passando a placa para a sessão inferior, no para-choque traseiro.

Em 1992 os encostos dos bancos passam a ser vazados e surge a série especial Barcelona, em alusão as Olimpíadas daquele ano na cidade espanhola;

1993 ele ganha um friso na tampa do porta-malas das versões mais caras e surge a série especial Hi-Tech.

Possuindo freios a disco traseiros, sistema anti-bloqueio, freios ABS, além do painel digital. Foram feitas apenas 500 unidades do Hi-Tech.

Nesse mesmo ano é criada ainda outra série especial, desta vez denominada como Monza 650, apenas na cor vinho, comemorando a produção de 650 mil unidades do Monza.

Ainda em 1993 o Monza Classic para de ser produzido aos poucos.

Em 1994 é a vez da série especial Club, em homenagem a Copa do Mundo, realizada nos Estados Unidos. O carro vinha nas cores vinho, cinza ou azul escuro.

Em 1994, também foram feitas mudanças de nomenclatura, surgem as versões GL e GLS.

Em 1995 chega o acabamento denominado “Class”, pouco antes do fim, em 1996 e a versão GLS é suprimida, com isso a versão GL ganha alguns opcionais antes incluídos no GLS.

Os últimos…

Após um ano sem grandes mudanças, em 1996 foi produzido o último Monza, dando fim a uma saga de 15 anos de sucesso desse incrível carro fabricado pela Chevrolet.

Podemos afirmar que foi um carro que saiu de linha, mas marcou história, cativou muitos fãs e deixa saudades até os dias de hoje.

O último Monza foi vendido na versão GLS de 4 portas com motor 2.0 e deixou de ser produzido para ser substituído pelo Vectra, que foi lançado em março de 1996.

Depois de listar essas razões separamos mais este vídeo para complementar se ficou alguma dúvida.

Confira neste vídeo um pouco mais sobre a História do Monza do canal Motor1 Brasil

Como anda esse clássico depois de 30 anos de seu lançamento?

O Monza depois de quase trinta anos…

Desde seu lançamento o Monza fez sua fama no mercado brasileiro cativando vários apaixonado por carros.

Ainda depois de 30 anos após seu lançamento, ele consegue cativar o público.

É o caso do proprietário e estudante de engenharia Giovanni Costa Morengue, ou “Diudiu” como é chamado pelos amigos, dono de um autêntico Monza na versão Hatch 1.6 SL/E inspirado no estilo Alemão.

A inspiração do Projeto
A inspiração do Projeto

Fonte: Monzeiros BH

Então vamos ao que interessa, estamos tratando de um Monza Hatch SL com algumas com modificações tanto debaixo do capô quanto em sua aparência.

A plaqueta 1.6 só está lá para contar história, porque o proprietário precisou fazer sua retífica e foi dado um novo fôlego ao modelo.

Como é ter um Monza nos dias de hoje?

Depoimento do proprietário:

Quanto ao meu Monza em si, é um carro fantástico, sempre arranca história de alguém nostálgico que encontro na rua, acho que eles me vêem como o moleque vivendo o sonho do carro que era um dos mais aclamados da década de 80 o ilustre Monza Hatch.

Mas o por que o Monza , e ainda por cima o hatch?

Monza 1.6 SL/E
Monza 1.6 SL/E

Fonte: Giovanni Costa Morengue

Depoimento do proprietário:

Eu o escolhi por ser o mais acessível e em melhor estado possível, ele é um hatch SL/E 1.6 a álcool, com os opcionais de câmbio de cinco marchas e vidros verdes. Seu primeiro dono o comprou, o escolheu pensando em economia e ser um destaque com a cor verde acquarius metálico, literalmente um aquário com o vidro verde ”ray ban” como era chamado na época.

O carro chama atenção pelo seu design, cor e conjunto de rodas BBS do Omega que cairão como uma luva no desenho do carro sem fugir da padronagem da GM.
O carro chama atenção pelo seu design, cor e conjunto de rodas BBS do Omega que cairão como uma luva no desenho do carro sem fugir da padronagem da GM.

Fonte: Giovanni Costa Morengue

Diferente do irmão sedã de duas e quatro portas que dominaram as ruas como o mais vendido por três anos seguidos(84,85 e 86) o hatch foi o mais velho esquecido, com o lançamento do Monza SR então, se tornou cada vez mais raro deles serem vendidos e hoje até para os SR a vida é difícil, era um carro feito pra seu tempo, linhas arrojadas e conservadoras ao mesmo tempo, ele é espaçoso e macio, o que surpreende a quem vê a estabilidade que ele possui, a mecânica e sua base da histórica da GM por 30 anos do Brasil com o motor Família 2.

E no dia a dia, quais são as impressões?

Depoimento do proprietário:

Ele responde rápido e tem muita força, o que vale muito mais a pena embora cobre no consumo, ando com ele no dia a dia, para lazer, trabalho, estudo, é um companheiro e tanto, ajuda muito em manobras, é comunicativo na estrada pra passar um feedback do asfalto, apenas a iluminação que deixa a desejar pelos padrões da década de 80, é o verdadeiro carro pra aqueles que procuram o arrojo no sóbrio, o esportivo sem ser exagerado.

Impressões ao Volante
Impressões ao Volante

Fonte: Giovanni Costa Morengue

O Monza hatch sempre teve essa visão frente a seus consumidores quando o comparavam com outros esportivos da época, ele me cativou a ter com isso, foi e ainda é uma oportunidade única de ter um dos poucos que restaram em bom estado e ainda podendo contar muitas histórias, tirar muitas risadas das pessoas e desviar olhares por onde passa pelo belo encanto da sua silhueta fastback.

Monza 1.6 SL/E Com Tampa do Monza 1.8 SR
Monza 1.6 SL/E Com Tampa do Monza 1.8 SR

Fonte: Giovanni Costa Morengue

E o que esse Monza esconde?

Ao se ver o carro é nítido que o dono seguiu uma linha oldschool de personalização porém sem abrir mão de melhorias necessárias para melhoria estética e de performance.

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Foram feitos upgrades visando o desempenho porém sem fugir da linha Chevrolet, ou seja, foram usadas peças de seu “irmão mais novo”.

Logo precisei fazer a retífica completa do cansado motor 16A, ele se tornou um 1.8 álcool, teve o comando G original trocado pelo A do Monza SR, cabeçote e as válvulas são idênticas ao do 1.8 e o carburador original Weber 190 deu lugar ao Alfa 1 original, ou seja como dizemos nas ruas, virou um lobo em pele de cordeiro”, afirma Diudiu.

A ida para retifica
A ida para retifica

Fonte: Giovanni Costa Morengue

O Monza está um pouco mais baixo que os modelos originais de época porém tem o motivo que ele também explica: “Decidi trabalhar a suspensão e dar estabilidade a ele, que é boa mas poderia ser melhor, a suspensão de especificação original foi retrabalhada para se tornar mais rígida, ganhou a barra estabilizadora do SR”.

E em relação a freios, o que esta “brecando” esta máquina?

Kit de Rodas BBS do Omega, e o Swap de Freio
Kit de Rodas BBS do Omega, e o Swap de Freio

Fonte: Giovanni Costa Morengue

Os freios receberam uma atenção que a GM talvez tenha deixado de lado, o proprietário fez um swap de sistema e colocou pinças, discos, cubos e pastilhas do Vectra B 16v 97 renovando todo o sistema.

E quais projetos para o futuro?

Depoimento do proprietário:

Ainda há espaço para muitas melhoras, principalmente em mecânica, onde pretendo usar carburação especia, com um par de Solex C40 na horizontal, trabalhar o escape para tirar restrições e melhorar o fluxo.

Monza 1.6 SL/E
Monza 1.6 SL/E

Fonte: Giovanni Costa Morengue

Mais dos freios e suspensão também, gostaria de ter um kit esportivo ou ao menos o original do SR retrabalhado, peças que desapareceram com o tempo, câmbio de cinco marchas do Monza SR com relação mais curta e melhores respostas e os freios traseiros, ainda pretendo trocar os tambores de 243 mm que estão hoje em conjunto de adaptadores pra abrigar as rodas do Omega, e usar os discos de freio de 286 mm.

Confira os vídeos abaixo a respeito da história e entrevista sobre o Monza.

MONZA SLE “SR/E” – TEASER | PARTE 1/3 do canal Autotube Brasil

MONZA SLE “SR/E” – HISTÓRIA | PARTE 2/3 do canal Autotube Brasil

MONZA SLE “SR/E” – ENTREVISTA | PARTE 3/3 do canal Autotube Brasil

Crédito da Foto de Capa do Blog: Canal da Peça

Créditos da Matéria: Giovanni Costa Morengue

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