Ford Del Rey
Fonte: Zonder Pump
Esse foi o contexto na chegada do Del Rey.
A Ford tinha a missão de criar um projeto para poder substituir o Landau. Mas buscava economia de combustível devido a crise do petróleo.
Um projeto que ficasse no mesmo nível de luxo que seu antecessor, para concorrer com o Chevrolet Opala.
Abrindo mão do caro projeto do novo Sierra europeu (que seria lançado só em 1982), a Ford partiu para uma solução caseira e mais barata: um sedã baseado no seu Corcel II.
O Del Rey curiosamente seria denominado como Omega, porém por questões comerciais acabou renomeado.
Depois de cinco anos em estudo, surgiu o Del Rey no mercado brasileiro.
Chegada do Del Rey no mercado
Em junho de 1981, o Del Rey chegou ao mercado em duas versões, sendo elas: Prata e Ouro.
Seu estilo inspirado no sedã executivo Granada, outro veículo europeu e que também foi estudado para ser lançado aqui.
As rodas da versão Ouro eram fabricadas em alumínio e as da versão Prata em aço, estilizadas.
Essa nomenclatura seria usada anos depois no Fiat Tempra em 1992.
1ª Primeiro carro nacional com travas elétricas de série
Oferecidas na versão completa Ouro, sendo usadas pela primeira vez em um automóvel fabricado no Brasil.
2° Primeiro carro nacional com vidros elétricos de série
Vidros elétricos com comando nas portas, ar-condicionado embutido no painel e teto solar.
3° Primeiro carro nacional com cintos dianteiros com 3 pontos
Cintos de segurança dianteiros de três pontos e retráteis.
4º Primeiro carro nacional com relógio digital
Outro marcante recurso era o relógio digital com cronômetro.
Ele ficava em um console acima do retrovisor interno, na junção do para-brisa com o teto. Sua iluminação era em azul, também presente na luz de leitura (posteriormente foi mudado para amarela).
O acessório também seria usado no Escort.
A iluminação do quadro de instrumentos possuía luzes alaranjadas era completo, com conta-giros, manômetro e voltímetro.
Detalhe do relógio de teto do Ford Del Rey
Internamente
Mais barato que a concorrência e com aproveitamento de espaço interno melhor que o Opala, o Del Rey surpreendia no design e luxo para os padrões da época.
Fonte: Grande Prêmio
O desempenho era modesto, foi disponibilizado com o conhecido motor 1.6 do Corcel que foi revisado e na versão gasolina possuía 69 cavalos e 73 cavalos na versão álcool.
O carro foi testado pela revista Quatro Rodas na versão a gasolina, e a aceleração de 0 a 100 km/h cravou 16,21 segundos, alcançando 147,9 km/h de velocidade final. Curiosamente motor a álcool tinha o desempenho pior: 21,61 segundos de zero a 100 km/h e 137,4 km/h de velocidade final.
O consumo da versão a gasolina era bom, com 8,39 km/l na cidade e 15,05 km/l na estrada vazio.
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O câmbio automático (de apenas três marchas) chegou na virada de 1982 para 1983.
Assista a análise técnica do Ford Del Rey com câmbio automático do canal do Renato Bellote
Confira també o comercial de época da Belina, disponibilizado pelo canal do Gabriel Migliavasca!]
Novo motor CHT
A linha Del Rey em 1984, ganhou o motor CHT renovado que seria aplicado também ao Escort, mantendo 1.6L , melhorando um pouco o desempenho do sedã, e da Belina, passando a 73 cavalos e sua velocidade final chegou a 148,4 km/h. Porém, seu consumo aumentou chegando a 7.98 Km/l no trecho urbano, e na estrada 12.16 km/l com gasolina.
Mudança na frente do carro
No último trimestre de 1984, os modelos: perua, caminhonete e sedã foram reestilizados. O visual ficou mais atraente para o contexto de época, os faróis se tornaram trapezoidais e sua grade ganhou lâminas horizontais na cor do veículo, além disso, ganhou uma minifrente para alojar os faróis de neblina.
O painel fico com linhas mais suaves, deixando com ar mais modernos.
Mudança de nomeclatura
Em 1985, seus nomes de versões mudaram e passaram a ser: GL, GLX e a versão topo de linha e luxuosa Ghia.
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O auge do Del Rey
Em 1989 o modelo recebeu um novo motor 1.8 e câmbio ambos de orígem VW. Sua performance em números melhorou consideravelmente e passou a ter uma aceleração de 0 a 100 km/h para 14.19 segundo e sua velocidade final passou a ser de 154,7 km/l, porém o consumo aumentou, com alcool, chegou a 6,11 km/l na cidade e 9,38 km/l na estrada.
Confira o vídeo do canal autobr do modelo do Del Rey do modelo 86!
A produção do Del Rey se deu até o ano de 1991, deixando a linha de produção para início das vendas do Versailles, que utilizava a plataforma do VW Santana.
